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O presidente da Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul que investiga o uso irregular do Programa de Refinanciamento (Refis) do município, vereador Lorival Demathê (PMDB), usou a tribuna na sessão da última terça-feira (8 de junho) para lamentar que um documento protocolado na Casa pelo vereador José Ozorio de Avila (DEM) tenha sido divulgado em um jornal local sem que ele mesmo, como presidente da comissão, tivesse conhecimento. No documento em questão, o vereador pede parte da documentação reunida pela comissão.
Preocupado, Lorival Demathê conversou com os outros dois vereadores da comissão, o relator Justino da Luz (PT) e o membro Jaime Negherbon (PMDB), e com a diretora de Comunicação, Rosana Ritta, que confirmaram que não haviam divulgado o documento. Por isso, ele resolveu fazer uma cobrança pública sobre o vazamento de informações, já que o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Schützenfest também tinha sido entregue ao mesmo veículo sem a autorização da presidência da Casa, da presidência da CEI e da Diretoria de Comunicação.
O vereador ficou chateado porque desde que assumiu a presidência da Comissão Processante fechou acordo com os demais integrantes para que todas as decisões a respeito da investigação sejam tomadas durante as reuniões de trabalho e democraticamente levadas ao conhecimento da imprensa em nome dos três vereadores diretamente envolvidos. Por fim, ele dirigiu-se ao vereador José Ozorio e comunicou que atenderia a seu pedido e entregaria a documentação solicitada.
[b]Natália faz um pedido público de desculpas[/b]
A presidente Natália Lúcia Petry (PSB) aproveitou a manifestação do vereador Lorival Demathê para destacar que procura exaustivamente, em conversas com os vereadores, assessores e funcionários, orientar para que todas as informações oficiais da Câmara sejam centralizadas junto à Diretoria de Comunicação, para que todos os órgãos de imprensa tenham acesso ao material no mesmo momento, de forma bastante democrática, ética e sem privilégios.
Porém, lamentavelmente, por desconhecimento de determinados setores de como é o funcionamento de uma assessoria de imprensa, em alguns momentos esta orientação não é cumprida. Mas a presidente Natália está atenta e determinou que os trâmites sejam cumpridos para que fatos desagradáveis como estes não se repitam.
A decisão do presidente da CEI da Schützenfest, Jean Carlo Leutprecht (PC do B), de só divulgar o relatório final à imprensa depois de o mesmo ser lido pelo relator Justino da Luz (PT) na sessão de terça, era justamente uma forma de respeitar os quatro vereadores que não integraram a comissão e a população, para que todos tivessem conhecimento do conteúdo ao mesmo tempo. Por isso, a comissão realizou na segunda-feira uma reunião fechada para que o relator apresentasse o documento aos demais colegas.
Dois veículos de imprensa – o blog do radialista e jornalista Sérgio Peron e o jornal O Correio do Povo, por meio da editora de política Carolina Tomaselli – ao tomar conhecimento de que o documento seria divulgado somente na terça, protocolaram na segunda ofícios na Câmara. Peron pediu cópia do relatório, “independente da leitura em plenário… por se tratar de relevante interesse público”. Carolina apenas pediu a cópia integral do relatório.
E ambos os veículos, apesar dos ofícios protocolados, seriam atendidos juntamente com toda a imprensa na terça-feira. Porém, por um erro administrativo e um mal-entendido, o relatório acabou sendo enviado aos mesmos logo após a reunião de segunda, também sem conhecimento do presidente da CEI, da presidente da Casa e da diretora de Comunicação. Quando a pessoa que os enviou percebeu o erro, pediu a ambos que respeitassem a decisão da CEI. Peron atendeu ao pedido, mas o jornal optou por publicá-lo.