O vereador Justino Pereira da Luz (PT) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul na sessão de terça-feira para lamentar a atuação de determinados setores de imprensa que não têm o hábito de cumprirem uma regra básica de jornalismo, que é ouvirem sempre o outro lado ao escreverem uma reportagem ou fazerem um comentário que possa atacar ou denegrir uma pessoa ou uma entidade.
Justino elogiou os repórteres que fazem seu trabalho completo e lamentou a atitude dos que além de não ouvirem o outro lado ainda não dão a atenção quando são procurados para esclarecer o assunto. Por fim, ele dirigiu-se diretamente ao colunista político do jornal “Folha SC”, que na coluna da última terça-feira (14 de setembro) deu uma informação errada sem checar a fonte.
Na nota chamada: “Participativo, é?”, o colunista – que diferente de um repórter tem a prerrogativa de opinar em seus textos – dá algumas informações erradas e que Justino julgou importante esclarecer. Ele inicia a nota dizendo que “… ano passado a Câmara de Jaraguá do Sul não poupou autoelogios por ter implantado o tal orçamento participativo”. Na realidade, esclareceu Justino, a Câmara não realizou o orçamento participativo, mas o PPA Participativo, por meio de 14 encontros abrangendo todos os bairros, onde buscou informações junto à comunidade, que foi convidada a listar as suas prioridades para serem incluídas no Plano Plurianual do município.
O trabalho que o colunista chama de “balela politiqueira eleitoreira” na realidade teve o objetivo de, sim, aproximar a comunidade da Câmara, apresentar os vereadores recém-empossados à população, divulgar aos cidadãos que o Legislativo está acessível e disposto a ouvi-lo e representá-los; e por isso deu a chance de que todos apontassem suas prioridades, divulgando aos mesmos o que é o PPA de uma forma didática.
O que foi possível incluir no Plano Plurianual, assim foi feito. Pedidos que fugiam desta esfera também tiveram os devidos encaminhamentos, seja por meio de indicações ou comunicados para os setores competentes.
Outro erro é atribuir a realização do PPA Participativo à gastança de dinheiro público. O PPA Participativo foi desenvolvido por uma equipe técnica de funcionários da Câmara, com apoio de assessores e vereadores. Esta equipe, que não ganha hora extra, se deslocava para os bairros em horários noturnos para preparar e realizar as reuniões.
Os únicos recursos usados foram na confecção de um banner de R$ 50,00 e na impressão de 3 mil folderes com calendário dos encontros. A produção dos spots para rádios convidando a população, a arte de tais folderes e mesmo o filme sobre o que é o PPA Participativo, foram produzidos pela equipe técnica da Casa, com o apoio da TV Câmara, sem custos.