Os 40 anos de fundação do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Santa Catarina) foram lembrados em uma homenagem promovida pela Câmara de Vereadores na tarde desta quinta-feira, 24. A iniciativa foi do vereador e presidente da Casa José Osório de Ávila.
Em nome do Legislativo, o presidente do conselho, Carlos Josué Beims, recebeu uma placa reverenciando a data. Da mesma maneira, o presidente da Associação das Imobiliárias de Jaraguá do Sul e região, Luiz Sérgio de Assis Pereira Júnior.
A própria entidade também prestou homenagem a personalidades do município que contribuem com o desenvolvimento e o fortalecimento da categoria na região. Os corretores Humberto Wolf, Almir Ideney Menegotti Rocha e Renato Piazera Júnior foram os agraciados.
Fazendo referência ao vereador Jair Pedri e ao prefeito Dieter Janssen, ambos corretores por profissão, o presidente do Creci, Carlos Josué Beims, destacou a força da categoria também na área pública. Segundo ele, são 119 vereadores e 36 prefeitos corretores de imóveis atuantes no Estado.
No Estado são 25 mil inscritos, dos quais 14 mil ativos. Em Jaraguá do Sul, informou, são 600 corretores e 90 imobiliárias atuando no mercado. “A quantidade de corretores é um grande sinal de que o município está evoluindo, crescendo, o mercado imobiliário está pujante. A pessoa que mais vende bem o município é o corretor de imóveis. Não existe corretor que fale mal da sua cidade”, discursou.
Em nome de todos os corretores, o presidente do Creci agradeceu a homenagem concedida. “Pelo momento valoroso que esta categoria está passando, de suma importância para a sociedade, realizando o sonho da casa própria, mas também das instituições, como o Ministério Público, Executivo e Legislativo de todos os municípios. Estar aqui em Jaraguá do Sul com amigos, me sinto honrado e satisfeito por mais esta vitória conseguida, pois vocês estão olhando pela profissão de um modo diferente”, finalizou.
Dificuldades encontradas pela categoria
O vereador Jair Pedri aproveitou para fazer algumas reflexões sobre as peculiaridades envolvendo a profissão na região que, segundo ele, tem encontrado algumas dificuldades. A primeira delas diz respeito ao Comphaan (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural). Ano passado, a categoria perdeu a cadeira que tinha no conselho.
Para ele, o patrimônio deve ser algo defendido pelo conselho, no entanto, avalia que os seus componentes tratam o assunto de forma muito “romântica”. “A Associação das Imobiliárias vai trazer equilíbrio a este debate, porque quem trata os assuntos com paixão, trata com emoção. E a associação vai trazer razão”, comparou.
Outro assunto que motiva queixa dos profissionais é com relação aos protocolos na Prefeitura. Segundo ele, a burocracia dificulta e por vezes emperra a realização de negócios imobiliários. “Perdem não só os corretores e os clientes. O mais prejudicado é o poder público, que deixa de receber por conta de negócios que eventualmente deixam de acontecer”, comentou.
Ele informou estar trabalhando em uma proposta para estabelecer prazos para a Prefeitura fornecer as documentações necessárias, como consultas prévias, certidões, fornecimento de alvará e habite-se. Outra iniciativa visa possibilitar o parcelamento no pagamento do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis). A ideia, explicou, é facilitar a transação.
“O município vai receber de todo jeito, a única diferença é que será parcelado. Este é o papel do vereador, também de promover ações de valorização da categoria. O corretor de imóveis é uma categoria e profissão das mais organizadas que temos no país. E quem ganha com isto é a sociedade que é protegida dos maus profissionais”, finalizou.