O vereador Jair Pedri utilizou a tribuna na sessão de ontem, 27, para se defender das denúncias de discriminação levantadas pelo presidente da Fundação Cultural Leone Silva. Segundo Jair, Leone teria apontado em uma entrevista que os vereadores agiram de forma preconceituosa ao discutirem e votarem os dois projetos de repasse de verbas para o carnaval que chegaram a Câmara.
“Dentro dessa Casa de Leis eu sou daltônico”, afirmou o vereador. “Não enxergo cores, raças, etnias”, completou. Pedri contou que se sentiu ofendido com as declarações proferidas contra os demais pares e a Câmara de Vereadores.
Jair Pedri revelou que pretende na próxima sessão encaminhar uma moção de repúdio ao secretário Leone Silva como forma de externar a sua indignação. “Essas afirmações nos jogam contra uma etnia, contra um movimento que respeitamos muito”, disse. “E em nenhum momento discutimos etnias nesse plenário, mas sim um projeto de lei que estava irregular conforme parecer jurídico”, emendou.
O vereador pediu ainda apoio aos colegas de plenário para que endossassem a moção com suas assinaturas.
Os vereadores Ademar Winter e Amarildo Sarti também compartilharam a mesma indignação de Jair. “Descriminador foi o secretário quando deixou para última hora a organização desse evento tão importante para Jaraguá do Sul”, rebateu Amarildo Sarti.
Natália Lúcia Petry também subiu na tribuna para dar voz a revolta quanto a denuncia de preconceito. “É preciso que o prefeito cobre desses secretários que vão para a imprensa atribuir a Câmara de Vereadores as suas incompetências”, exigiu. A vereadora lembrou ainda que os três Poderes Instituídos devem trabalhar de forma autônoma, porém harmoniosa. “Mas a harmonia só existe com respeito e isso não vem acontecendo”, encerrou.