Instalar centrais de monitoramento contínuo da vazão dos rios e das chuvas precipitadas na bacia hidrográfica do Vale do Itapocu para emitir sistema de alerta de cheias, deslizamentos de encostas e outras ações. É o que prevê o convênio firmado entre Poder Público e a universidade Católica Santa Catarina em 2011 e reativado, pela Defesa Civil, no último mês.
De acordo com o professor Maurício Henning, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, trata-se de iniciativa pioneira no Estado que possibilitaria a coleta dos dados, armazenamento e atualização das informações coletadas, análise, elaboração da previsão hidrológica, e transmissão das informações para a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e prefeituras da região, através de boletins diários.
O professor participou da reunião semanal da comissão especial criada pela Câmara de Vereadores com a finalidade de identificar as obras públicas necessárias para a prevenção e redução dos efeitos das enchentes e ações necessárias para a estruturação da Defesa Civil, realizada na tarde desta quinta–feira, 21, na sala em U.
Maurício Henning explicou que o projeto, ainda em fase inicial de execução, baseia-se em uma rede de monitoramento onde o sistema faz a modelagem do meio físico e, através de simulações e é capaz de fazer as previsões. Ele explicou que o projeto prevê a instalação de duas estações pluviométricas, 18 sensores que irão medir o volume das chuvas, mais 18 réguas para níveis dos rios, e sensores para medir a umidade do solo, que poderão ser utilizados em morros e encostas de Jaraguá, informando a quantidade de chuva e o nível dos rios.
Os equipamentos, adquiridos pelo Município no valor de R$ 50 mil em 2011, aguardam na universidade para configuração e instalação em 18 lugares já mapeados no projeto.
Ele lamentou a interrupção na execução do projeto que, somente após as cheias deste ano, foi reativado. O professor argumentou que através dele, poderia conhecer exatamente quando uma área deve ser evacuada e evitar possíveis tragédias, com maiores chances de redução dos danos materiais. Maurício Henning espera que os aparelhos sejam instalados e funcionando até dezembro. “Não tive explicações porque o projeto parou, mas espero que seja concluído em breve”, destacou.
A comissão é formada pelos vereadores Jair Pedri, Jeferson Luís de Oliveira, Eugênio José Juraszek, Jocimar de Lima e Amarildo Sarti. Ela se reúne todas as quintas-feiras, às 16 horas, com a intenção de elaborar com a participação de todas as esferas públicas, sociedade civil organizada, iniciativa privada, um plano integrado de reconstrução e prevenção de novos desastres.