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Presidente realiza palestra para mulheres

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Palestra Natália (7)Aconteceu na tarde desta sexta-feira (13/03), na Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), palestra da presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Natália Lúcia Petry, para o Colegiado da Assistência Social. Com o tema “A Conquista é o Resultado de Pequenas Vitórias”, a parlamentar abriu o evento enaltecendo que não é preciso um grande projeto para criar uma revolução.

Com a presença do presidente da Amvali, o prefeito de São João do Itaperiú, Rovani Delmonego e do vice, Gilberto Azevedo, a presidente do Colegiado da Assistência Social, Emanuela Wolf, agradeceu a vereadora Natália pela participação e enalteceu que a vereadora é um grande exemplo de vida e este momento “é uma troca de experiência muito importante”. No encontro, Natália falou um pouco de suas conquistas como professora até chegar ao cargo que exerce atualmente. “Não foi tarefa fácil, mas é preciso persistência para a vitória”, ressaltou. Falou de política, do atual cenário nacional e disse que “pequenas atitudes cotidianas podem mudar o comportamento de uma nação, assim como nosso caráter é moldado, aos poucos, com os ensinamentos que recebemos de nossos pais e a influência do contexto social em que vivemos”.

Ao falar da participação das mulheres na política contou que o primeiro país que garantiu o direito das mulheres votarem, foi a Nova Zelândia, em 1893. “No Reino Unido, o movimento começou em 1897 com a fundação da União Nacional pelo Sufrágio Feminino, mas só obteve êxito em 1918. Já no Brasil, o voto feminino foi garantido através do decreto nº21.076, de 24 de fevereiro de 1932, assinado pelo presidente Getúlio Vargas”, explicou.

Com o passar dos anos muitas foram as conquistas femininas. A presidente citou a queima de sutiãs em 1968, nos Estados Unidos, que a partir deste movimento passou-se a usar o biquíni, a pílula anticoncepcional e a consolidação da participação das mulheres na discussões da sociedade, na política e na ocupação de áreas antes predominantemente ocupadas por homens.

“Chegamos a ser reconhecidas como “cabeça de casal” pelo imposto de renda. Foram inúmeras conquistas nas últimas décadas. Passos importantíssimos para nossa luta pela igualdade”, pontuou. Porém ela questionou se na prática isso é realidade. “Nós mulheres passamos a ter dupla ou até tripla jornada. Estudamos, trabalhamos, cuidamos de filhos, da casa e ainda temos que estar lindas e maravilhosas para os “companheiros”. Aumentamos nossa responsabilidade e ainda vemos nossos direitos sendo desrespeitados diariamente quando comparamos as diferenças salariais com homens que ocupam os mesmos cargos”, comentou.

Sobre a violência contra as mulheres ela disse que já houve muito avanço com a chegada da Lei Maria da Penha, mas a justiça ainda não tem a força necessária para coibir a violência. Falou que polícia ainda precisa de melhor aparelhamento para garantir a segurança das mulheres em situação de risco e que leis mais rígidas e mais efetivas são necessárias. “Muito ainda há que ser feito para que possamos avançar nessa área, mas continuaremos nossa luta”, enfatizou.

Na política, Natália Petry que galgou muitos espaços afirmou que na política a participação das mulheres ainda é pequena. “Temos as cotas para mulheres nas eleições, mas isso é pura demagogia. As vagas durante as campanhas, são preenchidas, muitas vezes, por mulheres que não querem participar. Estão somente cumprindo a legislação eleitoral. Temos que defender as cotas na ocupação das cadeiras”, complementou. Ela defende uma participação mais efetiva na política. “Somos a maioria da população, maioria dos eleitores e a maioria nas faculdades, porém temos apenas 10% de representatividade na Câmara dos Deputados. Dos 513 deputados eleitos, apenas 51 são mulheres; Dos 81 senadores, apenas 11 são mulheres.

Ressaltou que é preciso a participação, pois quem não gosta de política, será governado por quem gosta. Disse que votos nulos e brancos não contam para o quociente eleitoral. “Somente com uma participação significativa no Congresso e no Senado, teremos condições de mudar o quadro definitivamente, pois os problemas que enfrentamos, dependem de leis federais”.

A presidente convidou para que juntas elaborem moção de apelo ao Congresso Nacional, com as reivindicações necessárias para compor projetos de lei que garantam realmente os direitos das mulheres na sociedade em geral. Ao final conclamou “Vamos exercitar nossa cidadania?”.

 

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