O vereador Eugênio Juraszek utilizou o espaço da Palavra Livre na sessão desta terça-feira (14) para comentar a situação de algumas famílias que tiveram seus imóveis interditados. O vereador conta que negou auxílio quando foi procurado por uma família para a retirada de terra em volta de uma residência interditada para que pudessem retornar ao imóvel. “Se eu ajudasse não conseguiria dormir”, afirmou.
Segundo o vereador, por mais difícil que seja as famílias precisam aprender a lidar com as interdições. “Nós não sabemos o que existe em baixo desses morros”, declarou. O vereador também comentou a situação de escolas e igrejas que se encontram em locais de risco. “Não podemos mais dar um jeitinho nessas construções”, afirmou fazendo alusão ao pedido feito por alguns vereadores de revisão dos imóveis interditados.
O vereador Jair Pedri emendou que estas pessoas não podem continuar pagando IPTU pelos imóveis interditados. “Não é justo”, diz. Ele discorda que as edificações em área de risco não possam passar por uma nova vistoria para a liberação. “O técnico não pode dizer que a pessoa nunca mais vai poder reaver esta propriedade sem apresentar uma solução”, afirma.
Para Juraszek as áreas em risco devem passar por vistorias rigorosas e a liberação não pode ocorrer somente por boa vontade. “O morro da Escola Guilherme Hanemann tem uma rachadura”, lamenta.
O vereador João Fiamoncini afirmou que compreende o ponto de vista de Juraszek e complementou que a luta é para que os imóveis que realmente não possuem mais possibilidade de uso sejam derrubados para não se tornarem local para consumo de drogas, por exemplo.
A presidente da Casa, Natália Lúcia Petry deixou claro que a intenção dos vereadores é de solicitar que um novo estudo seja feito para que residências e prédios interditados sem necessidade sejam liberados. “O que nós queremos é um novo relatório atualizado”, afirma.