O vereador Arlindo Rincos utilizou o espaço da Palavra Livre durante a sessão ordinária dessa quinta-feira (12/06) para comentar o andamento das obras na ponte da Rua Helmuth Manske no bairro Três Rios do Norte. Rincos verificou a execução dos trabalhos da obra, que era uma reivindicação antiga da comunidade. Em conversa com moradores da região, recebeu pedidos para que intercedesse junto a administração em relação a uma barragem existente no local. A justificativa é que a barragem causa transtornos durante as chuvas fortes.
Arlindo conta que a proprietária de um terreno vizinho mostrou fotos das últimas cheias para comprovar que a água invadiu a casa dela. A barragem seria uma das condições que influenciam nos alagamentos das casas da rua. Segundo o vereador, responsáveis pelo patrimônio histórico de Jaraguá do Sul foram chamados para averiguar a situação já que a estrutura é tombada. A ideia é que com as obras da ponte, pelo menos uma abertura na barragem fosse executada. “Eles afirmam que existe um impedimento e não poderia acontecer desta forma”, explica.
Rincos garante que fará uma indicação para a administração tomar as providências necessárias o mais rápido possível. “Essa barragem também contribui para o assoreamento do local”, revela. Para o vereador é complicado afirmar que a estrutura seja patrimônio histórico quando causa transtornos tão grandes para a população. “É uma pilha de tijolos que eram usados para geração de energia de uma tafona”, conta. Para o vereador Eugênio Juraszek, a tafona deveria estar em funcionamento para ser considerada patrimônio histórico. “Quando se tomba algo tem que ser em sua totalidade”, declara.
A presidente da Casa, Natália Lúcia Petry, lembra que em 2013 uma comissão para discutir a lei de patrimônio do município foi criada. Segundo ela, a intenção era conter os exageros que são cometidos com relação a valorização histórica da cidade. “Sou sempre favorável a preservação da memória e da história, mas tudo com coerência”, garante. Natália considera que existe necessidade de preservar uma estrutura que não pode ser vista. “Para ver a obra a pessoa tem que se jogar dentro do ribeirão”, brinca. Ela encerrou pedindo que os conselheiros do Conpham, o Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico Municipal, tenham mais coerência em suas escolhas.