Jair Pedri foi à tribuna da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 19, para mostrar sua preocupação com a demora que empreendedores têm ao abrir uma empresa em Jaraguá do Sul. O assunto foi levantado por conta do projeto de lei 33/2016, aprovado na Casa, que autoriza a Administração Municipal a receber, por doação, uma área de 3.629,86m² no Centro da cidade. A área será destinada para fins culturais, como a construção do Arquivo Histórico Municipal e outros mobiliários de cunho cultural, devendo o Poder Público criar um memorial da história do complexo industrial Kohlbach.
Ao analisar o projeto, Pedri observou que a tramitação dele iniciou em janeiro de 2015. Para ele, essa demora deveu-se às questões burocráticas para lidar com o patrimônio histórico. “Não sou contra o patrimônio histórico. Só acho que ele não pode ser empecilho para o desenvolvimento de uma cidade. Se temos que fazer algo, que façamos rapidamente, e não que se demore um ano como neste projeto”, argumentou.
O vereador advertiu que o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural (Comphaan) não pode criar dificuldades para que esse tipo de tramitação siga em ritmo célere. Essas questões, segundo Pedri, espanta o investidor.
“Não estou falando em quebrar as regras, estou falando de um incentivo às pessoas que querem investir na nossa cidade”, afirmou.
O parlamentar argumentou que a instalação de novas empresas na cidade ajudaria Jaraguá do Sul em criação de empregos e também na arrecadação de tributos.
“Numa época de uma dita economia, parece que o município joga contra ele mesmo na medida em que dificulta a entrada, o estabelecimento e o funcionamento de empresas em nossa cidade. Estamos perdendo empresas para Schroeder e Corupá porque o que em Jaraguá não dá, lá dá”, lamentou.
O presidente do Legislativo, José de Ávila fez coro à queixa. Lembrou que, recentemente, duas empresas desistiram de vir para Jaraguá do Sul.
“Um shopping e um hotel. Por motivo de demora com os projetos os empresários desistiram”, lastimou Ávila.
“Aí nós temos que ouvir as lamentações pela falta de orçamento na Administração Municipal, mas o município joga contra si”, concluiu Pedri.
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