Após a vereadora mirim Maria Carollini Maes fazer uma indicação legislativa para que o Executivo e a Secretaria de Educação disponibilizem absorventes íntimos em escolas municipais, agora foi a vez de vereadores adultos reforçarem a solicitação. Nina Santin Camello (Progressistas), Jair Pedri (PSD) e Jonathan Reinke (Podemos), na sessão ordinária desta quinta-feira (24), foram autores de uma indicação que pede ao Executivo e à Secretaria de Saúde a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Essa distribuição seria feita pelas unidades básicas de saúde.
A vereadora Nina advertiu que a falta de absorventes na adolescência pode fazer com que meninas deixem de frequentar a escola e outros espaços, prejudicando a sua educação, seu processo de desenvolvimento e outras oportunidades. Ela ressalta uma pesquisa divulgada pela emissora CNN que diz que, no mundo, uma em cada dez meninas deixa de ir à escola por falta de absorvente. E no Brasil, uma em cada quatro.
“Tem famílias que não tem nem o que comer, muito menos recursos para comprar itens de higiene, que são fundamentais para prevenção de doenças. Mulheres que usam miolo de pão, saco plástico e pano velho para substituir. É difícil acreditar que, nos dias de hoje, ouvimos falar em pobreza menstrual”, adverte a parlamentar.
Jair Pedri trouxe outra pesquisa que aponta que 22% das meninas brasileiras entre 12 e 14 anos não têm acesso à quantidade ideal de absorventes nos períodos menstruais, o que, em suas palavras, expõe as jovens a uma situação constrangedora. “Essa indicação é exemplo de sensibilidade, de empatia e de preocupação com o próximo”, frisa.
O texto da indicação ainda afirma que “o direito à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2014”.
A indicação foi aprovada por unanimidade.
Confira a sessão: