Na sessão da Câmara Municipal de Jaraguá do Sul nesta quinta-feira (26), o vereador Luís Fernando Almeida (MDB) voltou a criticar a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) de tratar com descaso os loteamentos que estão em processo de regularização fundiária no município. Segundo ele, a justificativa da empresa é a de que está impedida de fazer a ampliação da rede elétrica nesses locais por questões estruturais. Em março deste ano o parlamentar já havia feito uma moção de apelo à companhia pedindo o fornecimento de energia nessas regiões, mas nada foi feito até o momento. “Jogaram a moção no lixo. Na hora de cobrar, eles sabem fazer muito bem”, critica.
O vereador relata que muitas famílias, por falta dessa estrutura elétrica, acabam puxando energia de outras fontes. Com isso, algumas delas precisam ter planilha para usar a eletricidade, como, por exemplo, na hora do banho. “Porque se todo mundo que chega do serviço quiser tomar banho no mesmo horário, pega fogo na rede elétrica. Porque a Celesc está descumprindo o seu papel”, exclama.
O emedebista também aponta que recentemente a Celesc fez a ampliação da rede elétrica em outros loteamentos que ainda nem foram mapeados pela Prefeitura jaraguaense e que não possuíam nenhuma fundamentação jurídica, um ato que ele classificou como irresponsável e que beira a ilegalidade. “Em núcleos urbanos que não fazem parte do mapa do município, que não foram mapeados, já foram feitas instalações”, adverte. Agora Almeida procura saber o porquê desse serviço ter sido feito nessas localidades enquanto os loteamentos que esperam por eletricidade há anos ainda não foram atendidos. Para ele, isso é um jogo politiqueiro.
Almeida ainda relata que a Secretaria Municipal de Urbanismo tem feito muitos trabalhos que era de responsabilidade da Celesc e parabenizou a pasta pela iniciativa. Todavia, lembrou também que, com isso, a população acaba pagando duas vezes para ter os serviços públicos que são garantidos pela Constituição Federal brasileira.
O parlamentar avisou que vai acionar o Ministério Público para buscar uma resposta da Celesc sobre essa situação e expor qual foi o critério adotado para as instalações. Por fim, ele lembra que a empresa já foi multada pela Prefeitura de Jaraguá do Sul em mais de um milhão de reais por conta de fios soltos em vias da cidade.
Confira a sessão: