Foto: Paulo H. Carvalho-Agência Brasil
A procuradora da Mulher, vereadora Nina Santin Camello (Progressistas), usou a tribuna da Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, em sessão nesta terça-feira (22), para repudiar mais um caso de violência doméstica no município. Foi na noite do último domingo (20), na Rua Alice Kuster Baumgaertel, no bairro Barra do Rio Cerro, quando um homem foi preso suspeito de agredir a sua companheira e sequestrar a filha do casal. Antes de uma tragédia acontecer, a Polícia Militar encontrou o homem e resgatou a criança.
“Esse caso foi só mais um em nossa cidade. Mais uma mulher que apanha, mais uma mulher que tem medo, mais uma mulher que sofre. Então eu pergunto, até quando? Todos os dias a gente recebe mulheres pedindo socorro, principalmente nos finais de semana. Até quando vamos fingir que em Jaraguá do Sul não temos violência. Que não precisamos de um local seguro para essas mulheres e seus filhos. Nós precisamos unir forças, a violência precisa ser combatida”, afirmou a parlamentar.
Nina advertiu que o mês de janeiro de 2022 foi o início de ano mais violento desde 2015 em Santa Catarina, quando a lei do feminicídio entrou em vigor. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP), disponíveis na plataforma Observatório da Violência Contra a Mulher, foram registrados oito feminicídios no período, um a cada quatro dias. Desses, três ocorreram na região Oeste, dois no Sul, um na Grande Florianópolis, um no Vale do Itajaí e um no Norte. Esse último diz respeito a um caso que ocorreu em Jaraguá do Sul, quando Patrícia Corrêa, de 43 anos, foi morta com um tiro pelo então companheiro em um estabelecimento comercial da SC-110, no bairro Rio Cerro I. Na data, a Procuradoria da Mulher publicou uma nota de repúdio ao acontecimento.
A vereadora ainda alerta que, além dos casos de feminicídio, Santa Catarina também registrou no primeiro mês deste ano 77 registros de estupro e 1.537 lesões corporais.
A Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul é um órgão que veio para atender e encaminhar aos órgãos competentes esses casos e denúncias de violência contra a mulher no Município. Os atendimentos ocorrem presencialmente, na Rua dos Imigrantes n° 500, no bairro Rau, anexo à Católica, e pelo telefone (47) 3307-2500. Também é possível denunciar os casos de violência contra a mulher através das instituições de segurança pública:
Polícia Militar: 190
Polícia Civil: 181
Central da Mulher em Situação de Violência: 180
Confira a sessão: