Os vereadores Luís Fernando Almeida (MDB) e Jair Pedri (PSD) foram autores de uma indicação, aprovada na sessão desta terça-feira (26) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, que solicita à Prefeitura jaraguaense uma reavaliação dos critérios adotados no sistema de estacionamento rotativo do município. Eles querem que seja oferecido aos motoboys da cidade a ampliação do tempo de tolerância para que eles possam estacionar gratuitamente. Almeida, que é líder de governo no Legislativo, explicou que o novo modelo de estacionamento rotativo, adotado em 2022, estipula a tolerância máxima de 10 minutos de parada sem pagamento de taxa. Porém, ele afirma que esse prazo, em muitas oportunidades, é insuficiente para que os motofretistas façam suas entregas em tempo hábil, tendo em vista as adversidades do ofício, como a espera pelo cliente, as dificuldades de localizar o endereço, entre outros contratempos.
Outra sugestão feita na mesma indicação é a de adoção de zonas brancas especialmente para os profissionais, onde eles poderiam estacionar gratuitamente.
Almeida argumenta que o principal objetivo das vagas rotativas é o de propiciar aos munícipes espaços na região central da cidade para estacionarem seus veículos, evitando assim a permanência dos automóveis por praticamente todo o horário comercial, algo que não faz parte da realidade dos motofretistas. O parlamentar adverte que, caso os profissionais tenham que pagar pelo tempo de permanência de suas motos nessas vagas, eles terão que repassar esse valor aos consumidores, inviabilizando as atividades da categoria.
“Irei fazer o máximo possível para que eles tenham a representatividade necessária para pedir ao Executivo que se sensibilize com a pauta e que busque de alguma forma flexibilizar o estacionamento rotativo para esta categoria que está trabalhando em nossa cidade. Para que eles possam estender esse tempo de tolerância e não tenham necessidade de pagar pelo estacionamento”, explicou.
A sessão também contou com a presença do motofretista Maikon Silveira Zimmermann, que trabalha há dois anos na profissão. Ele relatou as dificuldades que tem ao fazer uma entrega, como a espera por um cliente ou o tempo que se leva para subir e descer um prédio para deixar uma encomenda. Para ele, é inviável que os motoboys paguem pelo estacionamento. “Numa taxa de R$ 7 ou R$ 6, eu vou estar pagando R$ 2,50 só de estacionamento, fora a gasolina e a manutenção da moto. Então se for colocar na ponta da caneta, no final das contas, a gente vai sair muito prejudicado, sem sombra de dúvidas”, explicou.
MAIS ESTRUTURA
Luís Fernando Almeida também afirmou que vai solicitar ao Executivo a disponibilização de estrutura adequada para atendimento aos motoboys, como bebedouros e banheiros acessíveis. O vereador explica que os profissionais não dispõem desses equipamentos com fácil acesso e que muitas lojas não permitem que eles utilizem suas dependências. O parlamentar sugere que locais públicos como praças e o terminal rodoviário sejam utilizados para atender ao pedido.
A indicação de Almeida e Pedri foi aprovada por unanimidade e enviada ao Executivo e à Secretaria de Planejamento e Urbanismo para análise.
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