Foto: PMJS
Em sessão nesta quinta-feira (4) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, os vereadores aprovaram uma moção de apelo de autoria de Luís Fernando Almeida (MDB) que pede ao Executivo jaraguaense a criação de uma casa de acolhimento para pessoas idosas com deficiência intelectual no município. Atualmente, esse tipo de iniciativa não existe nem na cidade e nem na região do Norte Catarinense. O parlamentar lembra que, na sessão do dia 5 de julho que o Legislativo realizou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), o presidente da entidade, Elder Stringari, apresentou essa reivindicação aos vereadores.
Segundo Stringari, o Programa Centro de Convivência Conviver da Apae não é o suficiente para atender a toda demanda. Hoje, mais de 50 usuários a partir dos 25 anos de idade participam das atividades do Centro, porém eles ficam na instituição por um breve período e em dias determinados. A ideia que a moção traz é de uma casa de acolhimento onde esses idosos pudessem permanecer e desenvolver atividades que contribuam para o envelhecimento saudável, a autonomia e a sociabilidade.
Durante a sessão, a vereadora Nina foi à tribuna defender a moção e lembrar que a Apae vem tentando buscar recursos através do Fundo dos Direitos do Idoso para tentar construir um espaço para os deficientes com mais idade, mas a Associação esbarra na legislação e na categoria da pessoa idosa, já que as pessoas com deficiência envelhecem mais rapidamente.
Em novembro de 2021, a Câmara Municipal aprovou uma moção que apela para que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei n° 401/2021 que pretende alterar o Estatuto do Idoso. O objetivo é o de fazer com que a legislação considere como idosas as pessoas com deficiência que têm a partir de 50 anos de idade. Aquela moção de apelo foi de autoria do vereador Jonathan Reinke (Podemos), que também se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira. Segundo ele, as famílias que têm parentes com deficiência passam por muitas dificuldades devido aos cuidados que eles necessitam. Para o parlamentar, uma casa de acolhimento iria ajudar muito essas pessoas e dar mais dignidade a elas.
Sirley Schappo (Novo) também fez coro ao tema e afirmou que os pais das pessoas com deficiência, ao envelhecer, podem acabar falecendo e deixar seus filhos sem amparo nenhum. “É uma preocupação dos pais dessas pessoas, pois eles não terão alguém que vai olhar por eles”, explicou.
A moção desta quinta-feira foi aprovada por unanimidade e enviada ao Executivo para ciência do apelo.
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