O deputado estadual Matheus Cadorin participou da sessão desta quinta-feira (16) na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul para falar sobre a atuação da Frente Parlamentar dos Bombeiros Voluntários da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Ele, que é um dos coordenadores da Frente, foi gestor por oito anos do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville e é um dos críticos do projeto de lei n° 4.363/2001, aprovado na Câmara dos Deputados e que tramita no Senado Federal.

Entre outras coisas, esse projeto determina que apenas as corporações militares poderão usar os termos “bombeiro” e “Corpo de Bombeiros”. Além disso, torna os Bombeiros Militares responsáveis por regulamentar e autorizar serviços feitos por civis voluntários. O temor é que as novas regras inviabilizem o trabalho dos Bombeiros Voluntários em todo o país.

Por conta disso, os vereadores jaraguaenses já haviam feito uma moção de apelo para que os senadores federais vetem os trechos que prejudicam as atividades dos Bombeiros Voluntários. Atualmente, 32 unidades dos BVs atuam em Santa Catarina, atendendo a 52 municípios, totalizando mais de 1,6 milhão de habitantes. Mateus Cadorin afirma que o valor investido nessas ações é irrisório. Ele conta que, a partir de 2023, o Governo Estadual pretende disponibilizar cerca de R$ 8 milhões para os BVs. Todavia, ele aponta que os Bombeiros Voluntários ainda precisam ir a Florianópolis no início de todos os anos para pedir a liberação dos recursos. A ideia da Frente Parlamentar é propor que essa verba seja garantida por uma dotação orçamentária. Desse modo, seria mais fácil planejar as ações e os investimentos das corporações. Segundo Cadorin, os Bombeiros Militares também são solidários às causas.

“Porque todos nós entendemos que, quando a casa de alguém está em chamas ou quando tem alguém preso nas ferragens e vem a sirene, o cidadão não quer saber se é militar, se é voluntário, se é civil ou se é comunitário. Ele quer ser salvo. E é para isso que nós estamos aqui”, finalizou.

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