Na sessão desta quinta-feira (30), a presidente da Comissão da Educação Especial de Jaraguá do Sul, Symone Matos, trouxe à Câmara Municipal informações sobre o Protocolo de Educação Inclusiva (PDI) desenvolvido pela Comissão. Em sua exposição, Symone destacou a trajetória do grupo desde a audiência pública realizada em abril do ano passado, que culminou em sua formação.
A Comissão é composta por profissionais, incluindo pedagogos, nutricionistas, psicólogos, psicopedagogos, e até mesmo pais de crianças com deficiência. Os membros se reuniram mensalmente, finalizando, em julho deste ano, a elaboração do PDI. Symone enfatizou que o objetivo central do documento é garantir qualidade no ensino para crianças com deficiência.
O protocolo, entregue ao prefeito Jair Franzner no mês de setembro, destaca a necessidade da presença de um segundo professor em sala de aula para assegurar a qualidade do ensino para crianças com deficiência. Apesar do reconhecimento de que isso implicará em custos adicionais para a Prefeitura, a Comissão ressalta a importância desse investimento para proporcionar uma educação inclusiva eficaz.
Segundo a presidente, o segundo professor desempenharia um papel fundamental na elaboração do plano de ensino individualizado e do plano de desenvolvimento individualizado, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão. Essa abordagem visa adaptar o currículo para atender às necessidades específicas das crianças com deficiência, promovendo sua apropriação do conhecimento.
Symone reforçou que o PDI busca uniformizar o atendimento das crianças com deficiência nas escolas do município, estabelecendo um padrão mínimo para as práticas educacionais. Ela ressaltou que a Comissão, ao longo de seus encontros, conduziu discussões amplas e envolveu profissionais experientes, contando com a participação da Secretaria Estadual de Educação e da Secretaria da Educação do município desde o início do processo.
A presidente da Comissão da Educação Especial destacou a importância do segundo professor para proporcionar uma educação de qualidade, especialmente diante do desafio enfrentado pelos docentes regulares que lidam com múltiplos casos de crianças com deficiência em suas salas de aula. Symone defende que a medida é essencial para trabalhar a autonomia e o conhecimento científico de crianças com síndrome de Down e outras condições.