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BINGOS COM VENDA DE CARTELAS CONTINUAM PROIBIDOS

[b]Promotor confirmou a vereadores nesta quarta-feira que mantém proibição da atividade como exploração de jogo de azar[/b]

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Bingos onde houver comercialização de cartelas, independente do valor e da finalidade, é considerado jogo de azar e não será permitida a prática, que fere lei federal a respeito do assunto. Este é o posicionamento adotado pelo promotor público Hélio Sell em relação aos bingos, reforçado ontem em reunião com a vereadora Natália Lúcia Petry (PSB), acompanhada pelo vice-presidente da Câmara de Jaraguá do Sul, Isair Moser (PR), mais os vereadores Francisco Alves e Justino da Luz (PT) e José Osório de Avila (DEM).
Os vereadores se reuniram com o promotor a pedido da vereadora Natália, depois de ela ter sido procurada por representantes de grupos de idosos e de clubes de mães do município, que reclamaram da ação policial que fechou recentemente um bingo. Os idosos que jogavam no local se sentiram desrespeitados da forma como foram tratados pelos policiais, que os teriam confundido com bandidos.
Os idosos, que se reúnem em média uma vez por semana para jogar bingo, argumentam que esta é uma atividade de lazer da qual não querem abrir mão. Dizem que tudo é muito simples. Pagam em média R$ 1,00 por cartela e disputam prêmios como kits de alimentos e de materiais de limpeza.
Apesar dos argumentos, o promotor está disposto a fazer valer a lei. Ele diz que só não vai reprimir os bingos que forem unicamente com objetivo de entretenimento, sem vendas de cartelas, mesmo que o valor seja pequeno. Sell teria admitido que tomou esta atitude depois que pessoas que promovem estes jogos na cidade teriam trocado acusações entre si. Também familiares de idosos teriam denunciado que eles gastam toda a aposentadoria com a atividade.
A legalidade dos bingos é questão polêmica. Como não existe lei federal disciplinando esta atividade, que é de competência da União, a exploração de bingos configura contravenção penal.

Os vereadores pediram que ao menos, em casos de abordagens policiais, que os idosos sejam tratados com mais respeito.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP

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