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O centro de recuperação e tratamento dos dependentes de drogas construído pela Associação Beneficente Novo Amanhã na região do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul, está pronto para receber os primeiros pacientes. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, o médico Paulo Roberto Schroeder, na sessão de quinta-feira (26 de maio) da Câmara de Jaraguá do Sul.
Convidado pelo vereador Ademar Possamai (DEM), Schroeder diz que escolheu a Câmara, onde foi fundada a Novo Amanhã junto à comissão especial de antitóxicos, há dez anos, para oficializar a informação de que o local está pronto para ser dado início aos trabalhos.
Com capacidade inicial para tratamento de 12 dependentes – o projeto total prevê 48 dependentes abrigados em quatro casinhas que devem ser construídas ao longo do tempo – Schroeder recordou que a obra entregue no momento é fruto de dez anos de trabalho, com apoio de empresas e a realização de promoções para arrecadar dinheiro.
O médico frisou que a primeira etapa da obra pronta não significa que o trabalho terminou. Ao contrário, ele está apenas começando. Porque agora, efetivamente, começa o tratamento. “Nosso objetivo é proporcionar atendimento adequado ao dependente químico, dar apoio a ele e familiares, viabilizando sua inclusão, e mobilizando a sociedade para recebê-lo recuperado”, destacou.
Ele mostrou fotos das instalações, dos ambientes já mobiliados com apoio de empresas da região e os quartos cada um com dois beliches. O tratamento de cada paciente custará R$ 650,00 por mês. Schroeder explicou aos vereadores que o tratamento não pode ser grátis, em primeiro lugar pela falta de recursos para manter o local, e em segundo porque precisa da contrapartida do dependente, que precisa se sentir responsável e investir no seu tratamento, assim como investia em seu vício.
A quantia a ser paga pelos internos pode ser assumida pelo dependente, família ou empresa, pelo menos por aquelas que entenderem que o vício é um problema de saúde pública e estão dispostas a ajudarem seus funcionários na busca pela recuperação. O médico diz que há, para os que trabalham, a possibilidade de requerer auxílio-doença. “A pessoa precisa estar comprometida e fazer esforço para isso.”
Schroeder lembrou que 10% da sociedade tem algum tipo de vício, seja em droga lícita ou ilícita. Por isso, considera importante ter este espaço à disposição do município. O tratamento no centro será de nove meses. Ele será baseado nos 12 passos do AA. Esta perspectiva prevê a recuperação pelo próprio trabalho, onde o interno precisa lavar sua roupa, preparar a alimentação, trabalhar com piscicultura, horta e em outras atividades que serão oferecidas por grupos de voluntários.
“Se conseguirmos a cada nove meses recuperarmos 10% será um bom índice, mas toda a sociedade precisa estar envolvida na reinserção. Acredito que vamos conseguir todos os objetivos”, destacou Paulo Roberto Schroeder. Ele agradeceu o apoio de empresários e da comunidade para erguer a estrutura física e pediu para que os mesmos continuem apoiando no desenvolvimento deste projeto. Também colocou à disposição a conta-corrente número 1.500 da Caixa Econômica Federal para recebimento de doações.
[u]Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP[/u]