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Uma conversa de mais de uma hora reuniu os vereadores jaraguaenses e diretores dos hospitais Jaraguá e São José na sessão da última quinta-feira (17 de setembro) na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul. O encontro serviu para que a comunidade tivesse a oportunidade de ouvir mais detalhadamente quais são as necessidades dos médicos que prestam plantões nos hospitais e a cobrança que cerca o sobreaviso – isto é, quando o médico fica em casa, mas aguardando chamado de urgência, sem poder deixar a cidade.
Os diretores clínicos dos hospitais Jaraguá e São José, Amauri Teixeira e Rogério Luiz da Silva e o médico Jober Teixeira Bastos explicaram o atendimento e o motivo pelo qual a classe está cobrando dos hospitais o plantão de sobreaviso, entre outros assuntos inerentes à saúde. Eles disseram que cumprem uma determinação do órgão superior que reúne os médicos.
O questionamento partiu do vereador José Osorio de Avila (DEM), conhecido como Zé da Farmácia, que havia sugerido a visita. Os médicos explicaram que na realidade estão cumprindo uma determinação do Conselho Federal de Medicina, que entende que a partir do momento que o profissional estiver de sobreaviso, mesmo que seja em sua casa, ele precisa ser remunerado. Pois no sobreaviso, ele não pode sair com a família, programar uma viagem, divertir-se.
Esta discussão em torno do sobreaviso vem de pelo menos uns seis anos, mas agora os médicos disseram que decidiram respeitar as determinações do conselho que os rege. Eles explicaram também as diferenças entre os plantonistas e os de sobreaviso. Num cálculo rápido, solicitado pelo vereador Amarildo Sarti (PV), acreditam que o sobreaviso, para manter 15 especialidades para plantão 24 horas por dia, pagando R$ 10,00 a hora, ficaria em R$ 108 mil por ano. Eles sugeriram ainda que o sobreaviso para determinadas especialidades que não são tão requisitadas, poderia ser para os dois hospitais, no mínimo.
Jaime Negherbon (PMDB) diz que constatou recentemente, ao acompanhar um paciente ao hospital, que há demora de duas a três horas para um paciente ser atendido em um plantão na madrugada. Ele destacou que viu acidentados e pessoas em coma alcoólico tendo que ser atendidas em emergência. Por isso, ele defende um pronto-atendimento 24 horas. Que se houvesse pronto-atendimento 24 horas nos Pamas, isso poderia desafogar os hospitais.
Questionou se a falta de médico nos postos aumentou a procura nos hospitais. O médico Rogério disse que com certeza estes pacientes estão indo no pronto-socorro e serão atendidos, depois de passarem por triagem de verificação dos sinais vitais. Admitiu que há sobrecarga nos pronto-socorros por falta de atendimento nos postos periféricos, ainda mais com a gripe A, mas acredita que a situação já esteja controlada.
Por fim, o presidente da Câmara, Jean Leutprecht (PC do B), sugeriu reunir as câmaras de vereadores da microrregião da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), porque agora será feito o orçamento para 2010, para tentar conciliar prevendo os investimentos para o ano que vem. Ele acredita que se as câmaras pressionarem os Executivos ajudarão a minimizar estes problemas. Por isso, pretende fazer convite para todas as câmaras da microrregião para colocar esta situação.
Ele disse que já esteve com alguns vereadores participando desta discussão nos hospitais e colocou a Casa à disposição. Rogério agradeceu em nome do corpo clínico do São José. Diz que fica contente ao observar que os vereadores entendem que os médicos precisam ser pagos pelo seu trabalho.
Também destacou que sim, em relação a outras regiões do País, os dois hospitais locais são muito bons. Se comparados com cidades de fora, estão além das expectativas, mas podem ser melhorados, e por isso os médicos estão à disposição para o trabalho. Amauri reforçou a importância e o interesse dos vereadores em procurarem os médicos para ajudarem a resolver a situação.
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