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AUMENTA DEBATE SOBRE POSSÍVEL DESATIVAÇÃO DE GINÁSIO

[b]Jean Leutprecht volta a manifestar preocupação com possibilidade de que ginásio de esportes vire terminal urbano Vereadores defendem que assunto seja amplamente discutido[/b]

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Assunto levantado pelo vereador Jean Carlo Leutprecht (PC do B) na sessão de terça-feira (2 de fevereiro), na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, voltou a provocar grande debate na sessão de quinta-feira (dia 4). Trata-se da possibilidade de mudança do terminal urbano central para onde hoje fica o ginásio Arthur Muller, na rua Epitácio Pessoa, também no centro de Jaraguá do Sul. Jean voltou à tribuna para falar sobre a preocupação com este espaço esportivo e cultural, pois entende que seria um prejuízo muito grande à sociedade jaraguaense e desativação do ginásio que tem mais de 30 anos.
“Não é verdade que ali treina apenas uma equipe, mas toda a modalidade de basquete, além do local abrigar atividades para grupos de idosos e eventos menores que a Arena não consegue atender, porque exige uma infraestrutura muito maior”, observou, lembrando que a cidade é deficitária em áreas esportivas, pois a Arsepum não está mais disponível para oferecer espaço para treinos.
O vereador sugeriu uma discussão mais abrangente com entidades culturais e esportivas. A presidente Natália Lúcia Petry (PSB) também, pois ela lembrou o município é considerado referência na realização de trabalhos de base do Estado e até do Brasil, onde promoveu no ginásio eventos como o Jaraguá em Dança, festival da canção e de teatro, além das competições esportivas. Ela atribui à falta de conhecimento dizer que o espaço não tem utilização. “Colocar por terra mais de R$ 1 milhão para levantar outra área que daqui a dois ou três aos terá que ser revista… Estes assuntos não podem ser deliberados por uma ou duas pessoas”.

[b]SOLUÇÕES ADIADAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO[/b]

Além do problema com a possível eliminação do ginásio, os vereadores também estenderam a discussão para lembrar os problemas com a falta de estrutura com o transporte coletivo e os constantes descumprimentos dos contratos por parte da empresa que explora o serviço.
O vereador Amarildo Sarti (PV) diz que este episódio serve como um despertador, um alerta. Lembrou que as discussões promovidas na última audiência pública do transporte ficaram esquecidas. E se dirigiu ao presidente da Comissão de Transportes, Obras, Agricultura, Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Serviços Públicos, Jaime Negherbon (PMDB), para destacar: “Nós, membros da comissão de transportes, temos o dever de trazer as pessoas envolvidas nesta Casa para dar uma resposta. O tempo já passou e estamos servindo de massa de manobra!”.
O outro recado de Amarildo foi dado ao líder do governo na Câmara, Ademar Possamai (DEM): “Temos que olhar no olho de quem está gerindo e dizer: vamos começar a respeitar o povo”.
Jean questionou ainda em que situação se encontra o projeto para os mini-terminais. Apontou também a necessidade de se trazer o secretário de Planejamento, empresa concessionária e técnicos para discutirem estes projetos que estão interligados. “Para podermos colaborar, assim como a Associação dos Usuários do Transporte Coletivo, pois o que era uma discussão por causa da perda de um espaço do esporte e da cultura se ampliou”.
Justino lembrou que em Curitiba, onde o transporte é considerado modelo, haveria licitação para a exploração do serviço, e aqui sempre se estendem os contratos. “E porque não podermos cobrar item por item o que está no contrato?”. Justino também lembrou que a acessibilidade nos ônibus também está esquecida. “Lugares para a construção deste terminal grande e central tem, como no Água Verde, abrindo possibilidade para as linhas alternativas”, sugeriu.

[b]UMA NOVELA QUE PARECE LONGE DE TERMINAR[/b]

Jaime também acha que o local do ginásio não fica bem para o terminal. Sugeriu que o projeto tenha uma visão mais ampla de futuro, para quando a cidade tiver um número muito maior de linhas e habitantes, por isso deu ideia de que seja instalado o terminal em amplo terreno na rua Max Wilhelm, em local bem localizado e desocupado.
O vereador José Osorio de Avila (DEM) disse que também está preocupado com as pessoas que praticam esportes e quis saber de onde vieram as informações de desativação do ginásio. Jean disse que ouviu e leu entrevistas do secretário de Administração e Finanças do município, Ivo Konell, e que o mesmo teria reforçado pessoalmente a ele este posicionamento, com alguns outros esclarecimentos. “O transporte coletivo já virou uma novela nesta cidade”, lamentou José Osorio.
O vereador Francisco Alves (PT) lembrou que teve a oportunidade de conhecer a situação em Blumenau, e se colocou à disposição para fazer um estudo mais profundo e apresentar detalhes de uma situação que deu certo. Disse que não vê necessidade de espaço tão grande, mas pediu um estudo mais detalhado pensando num projeto para o futuro. “Diga não à demolição”, brincou.
Possamai disse que a demolição do ginásio não é certa. “O Arthur Muller não foi demolido. A ideia é um estudo de viabilidade do local, continua o propósito de fazer os mini-terminais e um terminal no centro, que não pode ficar onde está, e este local (o ginásio) foi um dos que se levantou a possibilidade, até porque a SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional) manifestou interesse em ter uma secretaria com outro formato e local”, ponderou.
Jean, que na gestão passada presidiu a Fundação Municipal de Esportes (FME), disse que no orçamento da fundação estava previsto para os dois primeiros meses do ano, a reforma do piso da quadra do Arthur Muller, mas nada aconteceu, tudo foi suspenso, o que prejudica até mesmo o desempenho dos atletas. “Nós que somos pessoas que atuamos na área do esporte, vamos cobrar, pois o desgaste que o ginásio tem é provocado pelo uso contínuo”.
José Osorio pediu ao líder do governo que traga informações mais concretas sobre a possibilidade do investimento na próxima sessão.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP

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