A proposta que institui o Plano Municipal de Cultura foi aprovada pelo plenário da Câmara na sessão desta terça-feira, 11. O texto, que recebeu os dez votos possíveis, define as metas e ações, organiza e orienta a execução de políticas públicas de cultura no município. A votação foi acompanhada por integrantes do Conselho Municipal de Cultura.

Justino da Luz foi o primeiro se manifestar, defendendo a participação e importância dos conselhos, entre os quais o de cultura. Ele lembrou que no início da atual legislatura, os vereadores impediram a extinção de alguns conselhos, proposta pelo Executivo na reforma administrativa, conseguindo, ao contrário, ampliar as estruturas existentes.

A vereadora Natália Lúcia Petry informou que as discussões para criação do plano iniciaram em 2007, durante a 1ª Conferência da Cultura da cidade, da qual decorreu boa parte das ações constantes do próprio plano.

“Fico bastante feliz, ao mesmo tempo lamento que este projeto tenha chegado a estas alturas, no fechamento da administração. Então a gente fica se perguntando como uma administração passa quatro anos e não consegue dar os encaminhamentos da gestão anterior, que foi bastante produtiva e eu tenho muita satisfação em falar isto. Fiz parte daquela administração, fui presidente da fundação por dois anos e três meses, com muitas realizações marcantes para a cultura de Jaraguá do Sul”, afirmou.

Natália citou inicialmente a criação do Conselho Municipal de Cultura, em 2006. No ano seguinte foi formatada a proposta de tornar a cultura independente, a partir da criação da fundação. Até então, a cultura era uma diretoria.  “A cultura passou a ter autonomia administrativa e financeira, um salto para Jaraguá do Sul. E na mesma ocasião alavancamos o projeto de revitalização do Centro Histórico, um patrimônio do município”, apontou a vereadora, citando, ainda, a criação do fundo para democratizar o aporte de recursos para projetos de entidades culturais e artistas do município.

Para Jean Leutprecht, as áreas de cultura e esportes sofreram um grande retrocesso nos últimos quatro anos, em razão da não continuidade de programas, projetos e ações iniciados em outras gestões. Ele comentou que até 2008 o município era referência em cultura, mas em razão da ausência do plano deixou de ser.

“Por isto defendo uma mudança radical nos encaminhamentos, nas direções nestas fundações. Precisa de mudanças, de pessoas mais comprometidas e que possam fazer valer o que está escrito nestes nos planos. Precisamos de políticas claras, nas áreas da cultura, esporte, e sem dúvida faremos isto na próxima administração”, concluiu.

Ademar Possamai reiterou a importância do conselho, no sentido de que este estabeleça as regras para seleção dos projetos, obtendo êxito em seu planejamento. O vereador comentou que é importante ter políticas de cultura, mas que esta vem da base.

“Pelo diagnóstico apresentado, percebemos o quanto Jaraguá do Sul tinha em termos de números e o quanto perdeu. A perda não foi só do ponto de vista financeiro, mas também porque em determinado momento os projetos deixaram de aparecer. Isto talvez seja um fato lamentável do ponto de vista de participação, porque você diminui aquilo que é importante na cultura, que é o que vem de baixo, da base”, constatou.

A proposta ainda passa por segunda votação, na sessão de amanhã, 13.