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Novamente na sessão da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul desta terça-feira, 23 de fevereiro, a grande maioria dos debates ficou polarizada em torno de três assuntos polêmicos que estão interligados – a possível demolição do ginásio Arthur Muller, a construção de um novo terminal central de ônibus no local e o aumento da passagem do transporte coletivo concedido por decreto pela prefeita Cecília Konell, sem nenhum alarde , no final da última semana.
O primeiro a falar foi o vereador Jean Carlo Leutprecht (PC do B) (foto), um dos primeiros a questionar a anunciada demolição do Arthur Muller, que destacou que o manifesto que reuniu cerca de 200 pessoas e culminou com um abraço ao ginásio na manhã do último sábado, não é uma manifestação solitária dele, mas de todas as pessoas que querem a manutenção do espaço.
Também fez questão de referendar as palavras da presidente da Casa, a vereadora Natália Lúcia Petry (PSB), que enviou comunicado à imprensa na segunda-feira destacando que em momento algum se usou recurso da Câmara para montar o protesto, que teve carro de som cedido por um sindicato e faixas e adesivos confeccionados por esportistas e pessoas simpatizantes à causa. A acusação de que a Câmara teria usado dinheiro público teria sido feita pelo secretário de Administração e de Finanças da Prefeitura, Ivo Konell, em uma entrevista logo após a manifestação.
Jean disse que entende que se houve uso da máquina pública, a mesma foi usada pela Prefeitura, que enviou um fotógrafo para fotografar não a manifestação em si, mas focar nas pessoas que se fizeram presentes, provavelmente com o propósito de retaliações. Uma prática que ele considera que deve ser condenada. Tanto Jean quanto o vereador Justino da Luz (PT) lamentaram a exoneração de um profissional da área da Saúde da Prefeitura, o dentista Sérgio Pacheco, possivelmente em retaliação ao fato de o mesmo ter acompanhado o filho atleta à manifestação.
“Sabemos que ele vinha realizando um bom trabalho, por isso a preocupação do procedimento ter acontecido em função do movimento”, destacou Jean, lembrando que o manifesto teve a participação de presidentes e militantes de diversos partidos e várias lideranças sindicais e esportistas. Segundo Justino, Pacheco seguia para São Paulo para participar de um evento ligado à sua profissão quando foi comunicado da exoneração.
Jean também citou a presença do ex-deputado federal, o neurologista Vicente Caropreso, que se solidarizou e disse que quanto mais espaço de lazer oferecermos à população, menos problemas na área da Saúde vão ocorrer. “Infelizmente, esta situação preocupa, pois até mesmo os vereadores José Osorio de Avila e Ademar Possamai (ambos DEM e da base de sustentação do governo) nas discussões em relação à demolição, em momento algum foram favoráveis a ela e apóiam que o espaço seja mantido”, destacou Jean. Ele agradeceu a todos e disse que a mobilização já produziu efeitos, tanto que a administração não fala mais com a firmeza de antes que vai demolir o espaço.
“Isso aí tem que ser mantido, porque lá em 1978 foi construído com dinheiro público, através de convênio entre Estado e município, como o primeiro ginásio público da região. Há falta de ginásios na cidade. A prefeita anunciou que fará ginásios em bairros, mas não se deve demolir o que foi construído com muito suor”, apelou o vereador Jaime Negherbon (PMDB), um dos que “abraçou” o ginásio.
Jean também aproveitou para pedir a presidente da Casa que convide o presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME) para que compareça na Câmara no menor espaço de tempo possível para explanar sobre o projeto e os trabalhos de sua pasta.