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MUDANÇA DE PLANO DIRETOR PARA CONSTRUIR PONTE PROVOCA PROTESTO

[b]Moradores da Vila Rau questionam em abaixo-assinado mudança de traçado de ponte que ligará bairro ao Amizade. Uma audiência pública sobre o tema deve ser realizada O principal argumento da população, que pediu apoio da Câmara na sessão de terça-feira, é que uma série de normas técnicas estão sendo quebradas para o desenvolvimento do projeto[/b]

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[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/bb07337f-9eb7-0b1a.jpg[/img]
Uma audiência pública sobre a nova localização da futura ponte que ligará os bairros Vila Rau e Amizade. Esta é a proposta da Câmara à questão levantada pela Associação de Moradores da Vila Rau (Amovir). A entidade encaminhou aos vereadores, na última terça-feira (16), um abaixo-assinado contra o novo local escolhido pela Prefeitura para a realização da obra. Segundo o presidente da associação, João Cícero dos Santos, alguns artigos do Plano Diretor do município são violados com a decisão do Executivo, o que tornaria a obra irregular.
O vereador Amarildo Sarti (PV) sugeriu que os integrantes do Conselho Municipal da Cidade (Comcidade) fossem convidados para vir à Câmara e explanar sobre os “precedentes utilizados para descartar determinadas obras e projetos encaminhados anteriormente, especialmente o da ponte da Vila Rau”. Segundo Sarti, a maioria da população do bairro é a favor da manutenção do local escolhido anteriormente. Ele ainda sugeriu uma explicação sobre quais as mudanças que serão feitas no plano diretor, “porque a gente tem visto que ele não é respeitado como foi originalmente formatado”.
Com uma cópia do plano em mãos, o vereador Justino Pereira da Luz (PT) explicou que é importante que as diretrizes do plano sejam respeitadas. Estas mesmas diretrizes estão detalhadas no abaixo-assinado. Ele esteve junto com outros vereadores, na última sexta-feira (12), em uma reunião promovida pela associação com a Prefeitura para explicar aos moradores os motivos da mudança do local de construção da ponte.
O vereador relatou que moradores da rua Anna Mueller Enke questionaram a decisão. Justino elogiou a organização do abaixo-assinado e falou que é um direito do munícipe cobrar do Comcidade e das autoridades uma explicação sobre o tema. “Nós temos de trazer o mais breve possível os especialistas no plano diretor e no planejamento da cidade para que essas pessoas possam ser ouvidas”, comentou Justino.
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VEREADORES TAMBÉM QUEREM OUVIR O COMCIDADE[/b]

Justino apoiou a solicitação de Amarildo Sarti e pediu que fosse requerida a presença na Câmara do secretário de Planejamento, Aristides Pastein, e do presidente do Comcidade e co-responsável pelo plano diretor, Osmar Günther, para falar sobre a questão da ponte. O vereador Jean Leutprecht (PCdoB) pediu que fosse marcada uma sessão especial para tratar do tema e que fossem convidados os moradores. “Essa é a casa do povo e é aqui que nós temos de discutir essas situações. Nós podemos dar publicidade a esses atos e acho que essa é a intenção do Amarildo, do Justino e dos demais vereadores dessa Casa”, justificou Jean.
Justino da Luz frisou que a construção de pontes, escolas e outras obras de impacto na cidade têm de estar previstas no Plano Plurianual (PPA), válido pelos quatro anos de governo, e na Lei de Orçamento Anual (LOA), caso haja necessidade de indenização. Ele sugeriu que fosse encaminhado um ofício à prefeita Cecília Konell e ao secretário de Planejamento e que nesse documento fosse anexado o abaixo-assinado.
Segundo o presidente da Amovir, o fluxo que será gerado pela construção da futura ponte vai prejudicar a estrutura das residências localizadas na rua Anna Mueller Enke, pois a largura da rua vai ter de ser modificada. Ele explicou que parte da obra que foi construída no antigo local durante o governo de Moacir Bertoldi ainda pode ser reaproveitada e que o local atende às especificações do plano. “O [secretário] Ivo Konell disse que os pilares foram construídos muito juntos e poderiam comprometer a resistência da ponte, mas eu acho que o que foi construído ainda pode ser aproveitado”, disse João Cícero. “Nós não somos contra a construção da ponte. A nossa desaprovação é pela escolha do local onde será feita”, completou. Para mostrar sua desaprovação com a obra que vai tirar seu sossego, os moradores lotaram o plenário da Câmara na sessão da última terça-feira.
No documento, eles ainda lembram que quando escolheram o local para morar pretendiam viver em harmonia com a sociedade, mas agora foram surpreendidos com a decisão.

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