O plenário da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul aprovou, na manhã desta quinta-feira (1°), o projeto de lei que cria a Semana Municipal de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A matéria tem autoria de Nina Santin Camello (PP), Sirley Schappo (Novo), Ademar Winter (PSDB), Anderson Kassner (PP), Jair Pedri (PSD), Jeferson Cardozo (PL), Jonathan Reinke (Podemos), Luís Fernando Almeida (MDB), Onésimo Sell (MDB) e Osmair Luiz Gadotti (MDB).
A Semana deverá integrar o calendário oficial de eventos da Prefeitura jaraguaense com campanhas educativas e de conscientização sobre a violência doméstica. Será realizada sempre na semana do dia 6 de dezembro, em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres, instituído pela Lei Federal 11.489 /2007. Para realizar os eventos, a própria Câmara de Vereadores, por intermédio da Procuradoria da Mulher, poderá realizar ações com intuito de informar, esclarecer, conscientizar, envolver e mobilizar a sociedade civil.
Durante a sessão, Sirley Schappo destacou os números apresentados pela Polícia Militar em agosto deste ano. Segundo ela, entre os meses de janeiro e julho, a PM atendeu a 368 ocorrências de violência contra a mulher em Jaraguá do Sul. A Rede Catarina de Proteção à Mulher realizou 359 visitas a mulheres vítimas agressão e recebeu 274 solicitações de medidas protetivas. Para Sirley, esses são números alarmantes para um município em que a segurança pública é referência para o país. Ela ressalta que acredita que a educação pode mudar esses índices, principalmente se as crianças, desde cedo, forem ensinadas a lidar melhor com as suas emoções. “Precisamos de medidas educativas para que as crianças desde cedo sejam educadas para lidar com as suas emoções. Somente juntos, homens e mulheres, conseguiremos combater a violência contra a mulher”, ressaltou.
Nina lamentou que essa seja a realidade no município e voltou a lembrar que um ambiente hostil dentro de casa não afeta apenas as mães, mas toda a família, já que filhos e parentes também sofrem com os episódios de violência. Como exemplo, ela apresentou o caso de um pai que matou a própria filha de cinco anos de idade no município de Guaramirim. O homem foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, porém a família foi destruída pela morte da menina. Para Nina, não há como acabar com a violência contra a mulher se os homens não ajudarem nas campanhas de conscientização. “O que a gente quer com esse projeto é contar com o apoio dos homens e juntos diminuir essa realidade”, explicou.
O projeto foi aprovado e enviado ao Executivo para sanção.
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