Diretora da Associação dos Bananicultores de Corupá (ASBANCO), Eliane Muller falou sobre o projeto de identificação Geográfica para que a banana da região de Corupá seja oficialmente conhecida como “doce por natureza”.
Participou da sessão ordinária desta quinta-feira (22), a Diretoria da Associação dos Bananicultores de Corupá (ASBANCO), Eliane Muller. Ela utilizou a tribuna para discorrer sobre a Identificação Geográfica e o projeto para que a banana da região de Corupá seja oficialmente conhecida como “doce por natureza”. O requerimento partiu do vereador Marcelindo Carlos Gruner.
Eliane falou sobre a importância da bananicultura para o município de Corupá e região e a concorrência nacional no que diz respeito a produção da fruta. Citou dados do senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram que Corupá ocupa o segundo lugar no país em produção de bananas. Em termos de Estado, o litoral norte é responsável pela produção de 32 milhões de cachos da fruta (nove municípios produtores).
A Diretora ressaltou que atualmente no município vizinho, 600 famílias produzem nove milhões de cachos da fruta. Falou ainda das dificuldades, ao longo do tempo, para produção da banana. “A Asbanco nasceu da revolta dos produtores, onde uma caixa de bananas, de 21 quilos, custava R$ 2,00 e um saco de fertilizando R$ 50,00”, reforçou ela.
No norte catarinense, também segundo dados apresentados pela representante da Associação, 2008 produtores estão organizados em associativismo.
Eliane comentou sobre a avaliação feita em 2012 pelo Sebrae, com outros 42 produtos catarinenses e a seleção da banana de Corupá. “Aí iniciamos um Projeto de Indicação Geográfica e descobrimos que não era só Corupá e sim um Vale, formado pelos municípios de Corupá, Jaraguá do Sul, Schroeder e São Bento do Sul”.
Segundo Eliana, a região movimenta, com a produção de bananas, R$ 50 milhões de reais. Porém ela lamenta que os produtores recebem a menor parte disso. “ R$ 0,70 centavos fica na mão do produtor. Temos numa variação de 584% na variação do preço da banana, do produtor até seu destino final”.
Eliana fez menção ao dia municipal da banana em Corupá, comemorado desde 2012, também em 21 de agosto. “É um momento que a comunidade para, o centro e o interior, para comemorar esta cultura tão valiosa. Nós queremos com este dia, que a comunidade olhe para esta cultura com carinho. Promovemos várias atrações alusivas à data”, comentou.
Na avaliação do vereador Marcelindo Carlos Gruner, que propôs a discussão, o encontro valeu para esclarecer muitas questões sobre a importância da bananicultura para toda a região.