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Categoria pede e Câmara rejeita revisão salarial de 6,7% aos servidores

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Na presença maciça da categoria, o plenário da Câmara rejeitou por unanimidade o projeto de lei do Executivo que autoriza a revisão geral anual dos servidores da Prefeitura, incluindo administração indireta – autarquias e fundações, estatutários e celetistas, ativos e inativos. A votação, em turno único, ocorreu em sessão extraordinária às 17  horas deste domingo, atendendo a convocação do prefeito Dieter Janssen.

O Executivo propôs a revisão geral incidente sobre o período de abril a dezembro de 2015, correspondente ao percentual acumulado do INPC do período, totalizando 6,77%. O percentual de reajuste, pelo texto, seria parcelado em 2% aplicados a partir de 1º de abril, 2% a partir de 1º de outubro e 2,77% a partir de 1º de dezembro de 2015.

Antes da sessão extra, o presidente José Ozório de Ávila e os vereadores receberam a direção do Sinsep (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais). Conforme o presidente Luiz Schorner, a última assembleia dos servidores rejeitou a proposta de 6,77% apresentada pelo prefeito na última sexta-feira, 1º. Desta forma, os vereadores decidiu por seguir a vontade da categoria, rejeitando o texto, de forma soberana pelo plenário.

O plenário e demais ambientes da Câmara, interna e externamente, foram tomados pelos servidores públicos que aderiram à greve. Encerrada a sessão, os funcionários seguiram em direção à Praça Ângelo Piazera para os próximos encaminhamentos.

 

Manifestações dos vereadores

Já na ordem do dia, os vereadores usaram do expediente para se posicionar com relação ao projeto do Executivo e ao veto à proposta de revisão aos servidores da Câmara.

Para o vereador Jeferson de Oliveira, a Câmara pode conceder a inflação do período aos servidores graças a administração da Casa. “E que vocês sejam atendidos da mesma forma. Não seria justo ser avalista da incompetência desta administração”, afirmou. Ele também defendeu o enxugamento da máquina, redução de cargos de confiança para que melhor percentual pudesse ser aplicado à categoria.

O vereador João Fiamoncini disse ter participado de todo o movimento e das assembleias promovidas pelo sindicato. Segundo ele, o sentimento da categoria é de desvalorização, principalmente pelos comentários do secretário de Administração e Fazenda, Ademar Possamai, de que os servidores descontentes poderiam pedir a conta.

“Conversei com muitos servidores e todo mundo pediu para eu votar contra. Esta é minha posição”, disse. Jocimar de Lima também disse ter sido procurado por servidores e manifestou o voto contrário em razão dos reajustes nas contas do IPTU, energia elétrica, supermercado. “E nós aceitarmos para os servidores da Prefeitura um aumento de 6% ainda parcelado é uma vergonha”, sustentou.

Já o vereador Arlindo Rincos disse que tinha intenção de fazer uma emenda ao projeto para que o pagamento fosse feito em cota única. Porém não foi possível pela ausência de informações sobre o impacto financeiro. “O reajuste era para ser uma coisa natural. Infelizmente estamos aqui passando por esta situação e vocês sendo humilhados”, declarou.

O vereador Pedro Garcia declarou jamais ter se arrependido de qualquer votação, em cinco legislaturas. Para ele, assim como os vereadores representam o município, o sindicato representa a categoria e por esta razão a deliberação da categoria é que deve prevalecer. “Se alguém me cobrar amanhã, vou dizer que tinha de fazer o que vocês fizeram. Vieram aqui”, afirmou.

Para a vereadora Natália Lúcia Petry, não se trata de um problema dos servidores, mas de Jaraguá do Sul. Vou me posicionar contrário ao projeto, porque sempre defendi que tanto os servidores desta Casa como os da Prefeitura tenham o mesmo reajuste”, afirmou, propondo uma reunião nesta segunda-feira, 4, com os vereadores, sindicato e prefeito para buscar uma solução conjunta.

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