Joanes Spézia, comandante do Núcleo de Operações Aéreas de Resgate (Noar), utilizou o espaço Tribuna Popular, na sessão da Câmara de Vereadores dessa terça-feira (13/10), para apresentar o projeto de aviação, que visa colocar um helicóptero a disposição da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), para auxiliar nas missões de apoio e resgate.
O projeto foi criado em 2008 e desde 2014 o núcleo busca a concretização desta proposta. “Essa é a terceira Casa que estou passando”, contou o comandante. “Em Guaramirim e Schroeder o projeto já foi aprovado”. O objetivo, explicou Spézia, é atingir os 2800 mil habitantes localizados na região da Amvali.
Segundo o comandante, Jaraguá do Sul é uma das principais cidades brasileiras em que o número de pessoas é proporcional ao número de helicópteros. “Essa região é bastante rica e nós temos condições de colocar esse projeto em prática”, disse.
O vereador Jair Pedri parabenizou o comandante pelo projeto. Além disso, Pedri questionou os valores dos convênios que estão sendo buscados pelo núcleo. Spézia esclareceu que o repasse indicado para a Prefeitura é estipulado a partir do calculo de R$0,22 por cada habitante do município.
Ainda comentando sobre os planos para a arrecadação do recurso, uma conversa com o Samae, para que seja incluída na conta de água foi iniciada. “O presidente do Samae demonstrou-se favorável, mas vamos ainda ampliar esta conversa com a autarquia”, reforçou o comandante. A intenção é adquirir um aeronave no inicialmente para que os trabalhos de resgate e apoio sejam realizados.
O vereador Jeferson de Oliveira questionou qual a perspectiva de compra da aeronave atualmente. Segundo Spézia, o núcleo possui cerca de R$ 10 mil reais em caixa, dinheiro arrecadado na venda de camisetas e bonés, além de cotas oferecidas para venda. “A expectativa é que até dezembro o Noar arrecade R$ 40 mil, um valor baixo visando o objetivo do projeto”, disse o comandante. “Porém, esse valor pode aumentar conforme os apoios forem surgindo”, afirmou.
O legislador Arlindo Rincos parabenizou a iniciativa e questionou a origem dos recursos que sustentam a estrutura atual do núcleo. O comandante destacou que os recursos são provenientes dos eventos realizados. “As feijoadas, macarronadas e festas dão os recursos para que o núcleo consiga manter a base”, explicou.
Segundo Spézia, ainda não foi feito contato direto com o executivo jaraguaense. Porém, o prefeito Dieter Janssen participou, junto com o núcleo no encontro com a Amvali. “Ele se mostrou positivo e aberto ao projeto, mas achou o valor alto para a região”, afirmou.
Ao responder a dúvida do vereador Pedro Garcia, Joanes afirmou que um piloto de helicóptero recebe, atualmente, uma média R$20 mil por mês. “O nosso projeto contempla valores diferentes: o objetivo é pagar R$ 5mil mensais para piloto e R$2,5 mil para o tripulante. Atualmente são 50 pessoas que se dedicam voluntariamente no núcleo”, explicou.
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