Sem modelo similar no Estado, pela junção do planejamento urbano com o desenvolvimento econômico, o Ipplan – Fundação Instituto de Planejamento Físico-Territorial de Jaraguá do Sul foi apresentado aos vereadores na sessão desta terça-feira, 2. A explanação foi feita pelo próprio presidente do instituto, Benyamin Parham Fard, que na última semana já esteve reunido com os vereadores para prestar esclarecimentos.
Com a visão de Jaraguá do Sul “ser uma cidade inteligente e sustentável, um melhor lugar para se viver”, o presidente apresentou os projetos a curto, médio e longo prazo, a começar pela mudança no nome do órgão. A proposta é que o mesmo passe a se chamar Instituto Jourdan, em homenagem ao fundador de Jaraguá do Sul, Emílio Carlos Jourdan.
Uma das novidades é que, por força de lei, os dados estratégicos do município passam a ser centralizados para a tomada de decisão. Assim, o modelo de gestão, explicou Fard, é pautado em dados técnicos. Entre os quais ele apresentou o gráfico de desenvolvimento econômico do município, hoje aquinta economia do Estado, mas que nos últimos dez anos (1999 a 2010) cresceu percentualmente apenas mais que São João do Itaperiú, considerando as cidades integrantes da Amvali.
“E nos próximos dez anos interpretamos como ficaria esta análise. Se nada for feito, a economia de Jaraguá do Sul vai estagnar. As empresas continuarão sustentando a economia, mas vamos entrar em estabilidade. A Prefeitura vai arrecadar os mesmos tributos, mas a população vai crescer. Isto pode causar uma lacuna entre economia e demanda social que pode nos complicar muito em dez anos”, afirmou.
Considerando todos os indicadores, o Ipplan dividiu sua atuação em quatro programas, dentro do chamado Jaraguá Ativa: inovação empreendedora, ambiente sustentável, economia ativa e cidade inteligente. Estes programas, explicou o presidente, são desdobrados em iniciativas de planejamento urbano e desenvolvimento econômico.
O projeto das vias estruturantes, o lixo, o transporte coletivo, transporte sobre trilhos, paisagem urbana, mobiliário urbano, a ampliação das ciclovias e ciclofaixas são objeto de estudo, algumas inclusive com ações iniciadas, informou Fard. “O direito de ir e vir é constitucional e precisamos trabalhar esta questão com ênfase”, comentou.
Na área de desenvolvimento econômico, o destaque é para o Distrito de Inovação, local próximo à Universidade Católica que deve abrir empresas de pesquisa e inovação, gerando emprego sobretudo aos jovens da região abrangida, que inclui, além da universidade, condomínios habitacionais e bairros adjacentes.