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Em sessão na manhã desta quinta-feira (10) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, os vereadores aprovaram uma moção de apelo de autoria das procuradoras da Mulher, Nina Santin Camello (PP) e Sirley Schappo (Novo), que pede ao Executivo jaraguaense a criação de uma Residência Inclusiva. A proposta é que seja construído um local que possa acolher jovens e adultos com deficiência em situação de vulnerabilidade e que não disponham de condições de se autossustentar, nem de auxílio da família.
Segundo Nina, a residência tem que contar com uma equipe multidisciplinar especializada – composta por profissionais como, por exemplo, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais – que prestará atendimento personalizado e qualificado, considerando os cuidados e a atenção às necessidades individuais e coletivas dos residentes.
“As crianças hoje em nosso município de 0 a 18 anos são atendidas pelo Abrigo Institucional Gillian Edith Mary Hermann, mas, ao completar 18 anos, essas pessoas com deficiência infelizmente não têm alternativa nenhuma para serem atendidas”, adverte.
As autoras ainda salientam que a residência deve atender prioritariamente os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada-BPC, prestado pelo INSS. Conforme elas apontam na moção, a Residência Inclusiva deve proporcionar condições necessárias para a construção progressiva da autonomia e do protagonismo dos residentes, no desenvolvimento das atividades da vida diária, na participação social e comunitária e no fortalecimento dos vínculos familiares com vistas à reintegração e a convivência. As vereadoras ainda frisam que cabe ao Município a estruturação da rede de serviços de acolhimento condizente com a demanda da sociedade jaraguaense.
Sirley Schappo relatou que, em reunião com a Apae, a entidade demonstrou preocupação com as pessoas com deficiência que já têm uma idade avançada e que ficam sem atendimento, já que a entidade não consegue dar conta da demanda. A parlamentar lembra que os pais dessas pessoas são ainda mais idosos e muitos falecem, deixando seus filhos desamparados, sem o apoio de outros familiares. “É uma realidade em nosso município porque hoje essas pessoas têm aqueles momentos de convivência alguns dias por semana na Apae, mas a Apae não cabe como uma residência para essas pessoas quando elas ficarem desamparadas de seus familiares”, frisou.
A moção foi aprovada por unanimidade e enviada ao Executivo para que o prefeito Jair Franzner tenha ciência do apelo.
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