Um requerimento e um pedido de informação incluídos na pauta da sessão de ontem, 6, reabriram a discussão sobre a Codejas (Companhia de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul). Em julho, a Câmara autorizou repasse de R$ 120 mil a fim de sanar dívidas prevendo um possível fechamento da empresa de economia mista.
O requerimento propõe um convite ao funcionário da companhia, Sérgio Francener, para participar de uma sessão ordinária. Já o pedido de informações solicita o valor pago aos serviços prestados pela companhia este ano bem como as secretarias responsáveis pelos pagamentos. As proposições foram apresentadas pelo vereador Jeferson de Oliveira, ambas aprovadas com abstenções e votos contrários.
Para ele, nada melhor que um funcionário efetivo para prestar os esclarecimentos necessários. “Os vereadores podem tirar suas dúvidas, e na hora de votar o fechamento ou a continuidade da Codejas que a gente faça a coisa certa e a administração faça seu papel, que é mostrar a transparência e o trabalho sério ao povo jaraguaense”, afirmou.
Pensamento diferente manifestou o vereador Arlindo Rincos, para quem a presença do secretário de Administração, Sérgio Kuchenbecker, mês passado, já sanou as dúvidas existentes. “Lucro já sabemos que não dá, pois pediram recursos para fazer o pagamento dos funcionários”, comentou João Fiamoncini, sobre o projeto anteriormente aprovado.
O vereador Jair Pedri ponderou lembrando que o secretário de Administração ficou de dar um posicionamento sobre a Codejas até o mês de setembro. No entanto, avalia que a presença de um funcionário pode contribuir com as discussões.
Além do propositor, o requerimento recebeu votos favoráveis de Amarildo Sarti, Jair Pedri, Jocimar de Lima e Pedro Garcia. Votaram contrário Arlindo Rincos, Eugênio Juraszek e João Fiamoncini. Abstenções de Ademar Winter e Vitório Lazzaris.
Vereador alega falta de resposta a ofício
Alegando ter protocolado de ofício à Prefeitura o pedido de informações e não ter obtido resposta, o vereador Jeferson de Oliveira solicitou o voto favorável aos demais pares na solicitação. E obteve, inclusive com folga no placar. Foram sete vereadores favoráveis à proposição, um contrário (Eugênio Juraszek) e duas abstenções, de Ademar Winter e Vitório Lazzaris.
Nele, o vereador busca informações sobre os valores pagos à Codejas este ano, e quais as secretarias que fizeram os pagamentos. “Quem não deve não teme”, disparou Jeferson de Oliveira, afirmando que os 22 funcionários da companhia estão trabalhando para diversos setores da Prefeitura. “Não só digo isto, como provo”.
O vereador também disse ter conversado com os trabalhadores e que os mesmos estão com receio de serem demitidos. “São homens com mais de 45, 50 anos. Eles estão trabalhando pois dependem do salário”, comentou. Conforme o líder de governo, os funcionários estão trabalhando pois o município pode contratar a Codejas até o valor de R$ 8 mil, sem licitação. Disse ainda que os salários puderam ser pagos a partir de maio devido à exploração de saibro.