A presidente da União Nacional LGBT de Jaraguá do Sul, Mariana Franco, usou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul durante a sessão desta quinta-feira (2) para falar sobre o combate ao preconceito e propor ações pelos direitos da população LGBTQIA+. Essa é a primeira vez que uma pessoa trans usa a tribuna da Casa de Leis jaraguaense. Para Mariana, um momento emblemático.
Desde 2016 a União LGBT jaraguaense realiza trabalhos de orientação, apoio e de busca por direitos e emancipação das pessoas LGBTQIA+ do município, com apoio psicológico, jurídico e de assistência social. Palestras, encontros, rodas de conversa, campanhas educacionais também estão no rol de ações da instituição. Mariana ressaltou que todas as atividades são oferecidas à população de forma gratuita e sem utilização de recursos públicos. “Realizamos essas ações porque precisamos urgentemente de uma sociedade com igualdade e respeito”, explicou.
Franco frisou também que o combate ao preconceito é muito difícil, mas fundamental para dar dignidade e promover acesso à cidadania e à emancipação humana de uma parte da sociedade que é excluída. Para exemplificar a sua fala, ela indagou aos presentes “quantas pessoas LGBT estão ocupando locais no mercado de trabalho e na sociedade?”.
Todavia, Mariana destacou o trabalho realizado pela Secretaria de Assistência Social em Jaraguá, principalmente pelo Cras do bairro Ribeirão Cavalo, que oferece atividades de apoio à população LGBTQIA+. Segundo ela, um dos poucos municípios brasileiros que oferecem esse tipo de assistência. Além disso, a convidada advertiu que o Poder Legislativo Municipal também deve ter um olhar para essas pautas e contribuir para a construção de uma cidade melhor e preparada para o futuro. Para isso, ela colocou a União LGBT à disposição da Câmara Municipal para orientar e ajudar quando os parlamentares necessitarem.
“É tão emblemático vir aqui falar diante dos vereadores e das vereadoras, porque tira todo o estigma que a população trans tem enquanto uma população que é criminalizada por toda a sociedade. Ocupar esse espaço e reivindicar direitos é totalmente emblemático”, destacou Mariana.
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