Mudanças nas regras para fornecimento de medicamentos na Farmácia Básica mereceram destaque na sessão ordinária da Câmara desta quinta-feira, 4. Os debates suscitaram boa parte do expediente da reunião, sem projetos na pauta de votações. O assunto havia sido iniciado pelo vereador Jair Pedri, na terça-feira, 2, quando informou que a Prefeitura fará a dispensação de medicamentos da Farmácia Básica, unidades de saúde e pamas somente mediante receitas provenientes do SUS.
Inicialmente, o líder de governo Pedro Garcia informou que será agendada uma reunião com o prefeito Dieter Janssen, a pedido da vereadora Natália. A parlamentar também usou a tribuna, relatando ter sido questionada por diversos moradores, preocupada sobretudo com os pacientes que fazem tratamento contínuo. Ela estendeu o convite a todos os vereadores para que participem, visto ser um assunto de interesse da coletividade.
O vereador João Fiamoncini, por sua vez, informou ter recebido um ofício na data de ontem, 3, com esclarecimentos trazidos pela secretária de Saúde, Emanuela Wolff. O documento informa que a partir de 14 de março os medicamentos serão dispensados somente mediante receita SUS. Para as demais receitas, a orientação é que os medicamentos sejam adquiridos na Farmácia Popular do Brasil.
Para Fiamoncini, a principal preocupação é com relação ao aumento da demanda junto aos postos de saúde, pois acredita que pacientes de convênios e particulares que retiravam remédios na Farmácia Básica vão buscar as unidades para continuar com o benefício. “Economiza-se de um lado, mas vai se gastar muito mais do outro”, avalia. Ele disse ainda que os munícipes poderão requerer judicialmente os medicamentos gratuitos.
Na mesma linha manifestou-se o vereador Jair Pedri, para quem “a economia que se diz fazer é maquiada”. “Economiza-se o remédio no posto, por consequência vai aumentar a demanda dos que precisam do posto”. Na avaliação do vereador Pedro Garcia isso não irá acontecer, pois o serviço também é prestado pelas farmácias conveniadas com o Programa Farmácia Popular do Brasil, no qual os remédios custam valores irrisórios.
Ainda sobre o tema saúde discorreu o vereador Jeferson de Oliveira. Segundo ele, 180 consultas fora da cidade foram canceladas pela Prefeitura por falta de recursos para o pagamento dos procedimentos. “Quem vai pagar a conta mais uma vez são as pessoas que precisam”, comentou.