Em sessão da Câmara Mirim de Jaraguá do Sul nesta quarta-feira (17), a representante da Secretaria Municipal de Saúde, Talita Picoli, trouxe à tona uma preocupação crescente: o avanço da dengue no município. Com dados alarmantes e medidas estratégicas em discussão, a comunidade se viu imersa em uma batalha contra o vetor transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Ao iniciar sua explanação, Picoli contextualizou a situação, destacando que, embora a dengue seja uma problemática conhecida nacionalmente há mais de duas décadas, para Jaraguá do Sul, a questão é relativamente nova. A cidade implementou um plano de contingência desde 2015, porém, só recentemente, devido ao aumento expressivo de casos e focos do mosquito, é que esse plano foi ativado.
Os números apresentados pela representante são inquietantes: até o momento, 1790 pacientes foram confirmados com dengue e mais de 100 focos do Aedes aegypti foram identificados, principalmente em áreas específicas da cidade, como Ilha da Figueira, Centro, Barra do Rio Cerro, Vila Nova, Jaraguá Esquerdo e Vila Lenzi. Esses dados ressaltam a urgência de ações efetivas para conter a propagação da doença.
Diante desse cenário, as estratégias de controle e prevenção se tornam fundamentais. Picoli detalhou as medidas adotadas, incluindo a manutenção de pontos estratégicos e armadilhas para monitoramento biológico do mosquito. Ela enfatizou a importância da divulgação de informações através de boletins semanais, mídias sociais e aplicativos municipais, visando conscientizar a população sobre a gravidade da situação e as medidas preventivas necessárias.
Além disso, ela abordou questões levantadas pelos vereadores mirins, como a transmissão da dengue pelo mosquito Aedes aegypti, os sintomas da doença, a eficácia da vacina e formas de incentivar os cuidados e a conscientização da comunidade. No entanto, segundo Talita, o desafio vai além das estratégias de controle e prevenção. Para ela, é crucial a colaboração da comunidade e a integração de esforços entre diferentes órgãos municipais e entidades da sociedade civil. “A dengue não é apenas uma questão de saúde pública, mas também uma questão social e ambiental”, destacou.
Ao final da conversa ficou evidenciado que é necessário um esforço conjunto para eliminar os criadouros do mosquito, promover a limpeza e a conscientização, e garantir o acesso aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Somente com uma abordagem abrangente e coordenada será possível enfrentar efetivamente essa ameaça à saúde da população.