Atendendo a requerimento da vereadora Nina Santin Camello (Progressistas), representantes da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) participaram da sessão desta quinta-feira (16) na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul. Estiveram presentes o gerente da regional da Epagri em Joinville, Hector Silvio Haverroth, e a extensionista social Josiane de Souza Passos.
Eles fizeram uma apresentação das atividades da empresa que produz conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento sustentável do meio agrícola catarinense. Em Jaraguá do Sul, a instituição atua com projetos de capacitação das pessoas que vivem da agricultura familiar, da fruticultura, da olericultura, além de produzir conhecimentos sobre gestão e desenvolvimento institucional, de negócios e de mercados, entre outras áreas. Para isso, os técnicos realizam, por exemplo, atividades nas propriedades do interior, em trabalhos com as mulheres do meio rural e em escolas.
Durante a apresentação, o tema mais discutido foi o fomento ao turismo rural e as soluções que a empresa pode fornecer para a área. Além de Nina, os vereadores Onésimo Sell (MDB), Jair Pedri (PSD), Osmair Gadotti (MDB), Anderson Kassner (Progressistas), Luís Fernando Almeida (MDB) e Ademar Winter (PSDB) abordaram o tema e relataram as várias dificuldades que os agricultores enfrentam para permanecer no campo, principalmente os mais jovens. Para eles, o turismo rural depende das pequenas propriedades e dos pequenos produtores, que mantêm o ambiente rural propício para ser explorado como rota turística.
Nina lembrou que fez uma indicação ao Executivo que sugeria a criação do Selo da Agricultura Familiar jaraguaense. A ideia dela é que o selo seja utilizado para identificar os produtos com origem em propriedades que são administradas por famílias do município a fim de fortalece-las.
Hector Haverroth fez coro aos parlamentares e afirmou que os produtores agrícolas não produzem apenas alimento, “eles produzem também água, meio ambiente e paisagem”.
Jair Pedri ressaltou que Jaraguá do Sul tem um potencial gigantesco e a ser explorado no turismo e a pandemia de coronavírus mostrou isso, pois, segundo ele, muitas pessoas começaram a procurar as comunidades do interior para passar os finais de semana com a família. Ele advertiu que é preciso que o Poder Público incentive esses pequenos produtores e não apenas os castiguem com regulamentações sanitárias e impostos. “É preciso mostrar um caminho”.
O gerente e a extensionista da Epagri mostraram algumas iniciativas da empresa para ajudar na questão do turismo rural, como os cursos e as capacitações dos agricultores – tanto homens, quanto mulheres e jovens – a fim de ajudá-los a gerar renda em suas propriedades, inclusive com o turismo. Josiane lembra que o trabalho da Epagri é de orientação e auxílio, não de ajuda financeira. Porém, ela ressaltou que nas capacitações da empresa também há as instruções sobre como buscar auxílio financeiro, principalmente através das linhas de crédito do Governo Estadual.
Haverroth destacou que em 2022, a entidade e o Governo catarinense vão atuar com mais ênfase no turismo rural e que tudo já foi pensado e planejado no PPA (Plano Plurianual) do ano que vem para Santa Catarina. Ele salienta que o momento é propício para isso, já que – ao contrário do que aconteceu em décadas anteriores, quando o país sofreu um êxodo rural muito grande – as pessoas estão querendo voltar para o campo e viver da agricultura.
Confira a sessão: