O vereador mirim jaraguaense João Danilo Heck (EMEB Gertrudes S. Milbratz) usou a tribuna da Câmara Municipal de Jaraguá do Sul para tratar de um assunto bastante complexo e atual na tarde desta quarta-feira (13): a guerra entre Rússia e Ucrânia. O jovem lembrou do passado conturbado entre as duas nações e da relação delas enquanto faziam parte da União Soviética, que acabou em 1991. “Sempre existiram rebeldes que queriam a liberdade e o reconhecimento da nação ucraniana, pois estavam tendo que obedecer às regras de um regime totalitarista que tomava conta da União Soviética”, salientou.
O estudante espera que o atual conflito seja resolvido de forma diplomática, mas faz um alerta sobre os impactos que podem ser sentidos na sociedade brasileira em decorrência dele, principalmente pelo fato de a Rússia ser uma das maiores exportadoras de petróleo do mundo e a maior exportadora de gás natural para a Europa. Além disso, João frisa que a Rússia também é a maior fornecedora de fertilizantes para o Brasil e que a falta do produto poderia afetar a nossa produção agrícola, algo que colocaria a economia brasileira em risco.
Heck também aponta que nessa guerra, até o momento, milhares de pessoas já foram afetadas, outras milhares foram feridas e até mortas. Segundo ele, um dos principais motivos para a invasão russa ao seu vizinho foi por conta da expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que visa a adesão da Ucrânia à Organização e afirmou que sempre houve interesse político no país por parte dos russos, principalmente por conta dos interesses nos recursos naturais, basicamente petróleo, e por mais facilidade de acesso ao Mar Negro.
“É pura ignorância negar que a Ucrânia é uma nação independente. Kiev já era uma metrópole quando Moscou nem se quer pensava em existir, era apenas uma floresta”, afirmou.
O parlamentar mirim encerrou sua reflexão com uma frase de Winston Churchill, primeiro ministro britânico durante a segunda guerra mundial. “A guerra é um lugar onde pessoas jovens que não se conhecem e não se odeiam, se matam por conta de velhos que, se conhecem, se odeiam, mas não se matam”.
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