Na sessão desta terça-feira (11) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, o vereador Jeferson Cardozo (PL) subiu à tribuna para solicitar ao presidente da CPI que investiga possíveis irregularidades no Samae jaraguaense, Osmair Gadotti (MDB), que levante o sigilo das oitivas de alguns depoentes ligados a órgãos públicos. Os interrogatórios iniciaram no dia 5 de outubro e devem se estender até próximo do dia 10 de novembro, quando todos os vídeos dessa primeira fase das oitivas devem ser divulgados nos canais do Legislativo. Por enquanto, os depoimentos estão sendo filmados pela TV Câmara Jaraguá do Sul, sem transmissão ao vivo, a fim de preservar as apurações e as próprias testemunhas.
Cardozo ressaltou que é contra o sigilo das oitivas de algumas pessoas que detém ou detinham cargos públicos no Município, mas admitiu que alguns depoentes precisam ser resguardados por conta da exposição e dos riscos que correm ao depor. Contudo, Jeferson afirmou que a sociedade jaraguaense pode ficar tranquila em relação à transparência dos trabalhos, já que os cinco membros da Comissão estão se dedicando muito para buscar a veracidade dos fatos. “A sociedade clama e pede a limpeza”, frisou.
Membro da Comissão, Ronnie Lux (MDB) lembrou que muitas questões que envolvem a CPI do Samae ainda correm sob sigilo do Ministério Público e que todo o cuidado é importante para que nenhuma nulidade ou problema possa comprometer o andamento das investigações. Ele lembrou que os próprios vereadores que abriram a CPI relataram que algumas testemunhas do caso correm risco à integridade física. Ronnie ainda ressaltou a boa condução das atividades pelo presidente da Comissão, Gadotti, e o seu espírito democrático no momento de tomar as decisões.
“O trabalho da CPI foi realmente para preservar esses informantes que trariam novidades para a CPI”, salientou.
Rodrigo Livramento (Novo), também membro da CPI, recordou a todos que o sigilo das oitivas é parcial e que, no dia 10 de novembro, todos os vídeos serão liberados na íntegra para toda a população jaraguaense. Ele ainda destacou que a não transmissão ao vivo dos depoimentos levou em conta as possíveis influencias que um relato poderia causar em outro.
“É claro que a publicidade é importante, tanto é importante que vão ser disponibilizados na íntegra todos os depoimentos. Todo mundo vai ter acesso. Só que vai ter que esperar um pouquinho para terminar essa fase da investigação”, explicou.
Jonathan Reinke (Podemos), relator da CPI do Samae, reforçou que todos os cinco vereadores membros da Comissão têm se esforçado muito para buscar a verdade dos fatos. O parlamentar sublinhou a enorme quantidade de dados e de depoimentos coletados pelo grupo e enfatizou que os esforços devem ser voltados à análise dessas informações para que as questões sejam esclarecidas e os possíveis culpados, punidos. Para ele, diante disso tudo, a transmissão ao vivo ou não das oitivas é uma questão menor. “Precisamos de um pouco de cautela, pois estamos apurando situações muito graves”, finaliza.
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