Uma comitiva liderada pelo presidente José Osório de Ávila visitou, na última sexta-feira, 30, as dependências do Complexo Penitenciário de Canhanduba, em Itajaí. A intenção foi conhecer a estrutura modelo, que Jaraguá do Sul está pleiteando junto ao governo do Estado, através do Programa Pacto pela Segurança.
Na última semana, os vereadores também visitaram o Presídio Regional de Jaraguá do Sul, que enfrenta inúmeros problemas decorrentes da superlotação, com quatro vezes mais presos que sua capacidade. Em Itajaí, estiveram, além do presidente, os vereadores Jeferson de Oliveira, João Fiamoncini e Jocimar de Lima, acompanhados do diretor do Presídio, Cleverson Henrique Drechsler.
A comitiva foi recepcionada pelo diretor do complexo, Juliano Stoebrl, pelo gerente de Saúde, Ensino e Promoção Social Rafael Fachini, e pelo gerente de Revisões Criminais, Lucas de Mattos Gaspar. Eles acompanharam os vereadores por todos os setores do complexo, onde os presos que aguardam julgamento e os do regime semiaberto ficam em locais distintos dos condenados.
No ingresso, os presos são avaliados em diversos quesitos, como aptidão e comportamento, e recebem uma classificação. Na unidade os presos trabalham, estudam, ocupam celas limpas e recebem refeições adequadas, feitas com alimentos bem acondicionados. Um dos destaques estão nas oficinas, cursos profissionalizantes oferecidos por parceiros como o Senac, voltados sobretudo para a atividade portuária.
Conforme informou o gerente Rafael Fachini, nas atividades de estudo os presos têm a pena reduzida, em um dia a cada 12 horas de estudo. Já nas atividades laborativas o preso tem um dia da pena reduzido a cada três dias de trabalho, além de serem remunerados. “Todos têm oportunidade e conforme vão percebendo que o bom comportamento e disciplina faz com que progridam dentro do sistema eles começam a se adequar as normas. A disciplina fica cada vez melhor e a unidade fica cada vez mais segura”, afirma.
A construção teve um custo de R$ 21,5 milhões, tem 90 celas com capacidade para seis reeducandos por cela num total de 360 vagas distribuídas em uma área de 5.304,91 metros quadrados, incluindo sala de triagem, solário, oficinas, cozinha, lavanderia, consultórios médicos, dentários e parlatório. “São uma série de ações que vão sendo desenvolvidas e isto diminui o índice de reincidência porque o preso começa a receber tratamento mais humanizado e tem este reflexo depois na sociedade”, avalia Fachini.