Foto: Prefeitura de São José do Rio Preto
Na sessão desta terça-feira (2) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, os vereadores jaraguaenses levantaram o debate sobre a necessidade de uma biblioteca móvel para o município. O assunto veio à tona após uma indicação da vereadora Nina Santin Camello (PP) que pede ao Executivo Municipal a implantação de uma biblioteca itinerante que visite os bairros da cidade. A indicação também sugere a retomada do serviço de delivery da Biblioteca Municipal Rui Barbosa, que fica na Av. Getúlio Vargas, no Centro. O objetivo é o de investir em campanhas de incentivo à leitura com divulgação sobre o acesso aos livros que todo munícipe pode ter.
Segundo a parlamentar, esse foi um pedido dos moradores do bairro Santo Antônio. “A biblioteca tem que ultrapassar os muros das escolas, pois a leitura ultrapassa os horizontes”, destacou.
O vereador Luís Fernando Almeida (MDB) fez coro à indicação e lembrou que a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer possuía até pouco tempo o Projeto Casulo, que contava com um micro-ônibus adaptado e equipado para levar os livros da Biblioteca Municipal aos bairros do município. O veículo dispunha de TV, computador, acesso à internet, frigobar, ar-condicionado, banheiro e estantes onde eram disponibilizados os cerca de 600 livros do acervo público municipal. O Projeto Casulo foi implantado em 2012 com auxílio da Lei Rouanet e captou R$ 350 mil em abatimento tributário da empresa WEG.
Almeida afirma que a iniciativa precisa continuar, pois o estímulo à leitura é fundamental para uma sociedade. Ele ressaltou que vai pedir informações à Secretaria sobre a situação do micro-ônibus e cobrar para que ele volte a visitar as comunidades. Para o parlamentar, até o ano passado havia a justificativa da pandemia de Covid-19 para o projeto estar suspenso, mas com a volta à normalidade das atividades é preciso retomar a proposta.
Na mesma linha de raciocínio, Sirley Shappo (Novo) advertiu que algumas pessoas podem até não achar importante o incentivo à leitura em livros físicos, porém ela lembra que a volta da biblioteca móvel é uma reivindicação da própria comunidade e que esse é um sinal de que os livros ainda têm a sua relevância na vida das pessoas. A vereadora, que é professora aposentada do Município, recorda a forma como o Projeto Casulo era recepcionado pelos moradores dos bairros. “Ele era esperado na comunidade porque era um ônibus muito bem organizado e adaptado, com literatura para os adultos – porque, querendo ou não, as crianças já têm bibliotecas nas escolas. Hoje nós temos a Biblioteca Pública, mas ela fica no Centro, e nem todos conseguem se dirigir ao centro da cidade”, frisou.
A indicação de Nina foi aprovada por unanimidade e enviada ao Executivo para análise.
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