A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão da última terça-feira (15), os projetos de nº 136/2010, 137/2010 e 138/2010, que juntos transferem recursos para o Fundo Rotativo de Habitação da Prefeitura. O líder de governo, vereador Ademar Possamai (DEM), explicou que a verba servirá para a compra de equipamentos para auxiliar na construção de moradias.
Os projetos abrem crédito suplementar de R$ 296 mil para a compra de uma retroescavadeira 4×4 e de um guindaste munk, equipamento que servirá, segundo Possamai, para a transferência de tijolos. “Hoje, eles [os tijolos] vêm em paletes e existe uma necessidade de ter um munk para locomovê-los nesses empreendimentos”, comentou.
O líder de governo ressaltou que os equipamentos dão maior autonomia para a Prefeitura construir as moradias. “O ganho disso é você poder baratear a questão das moradias populares”, disse Possamai, ao se referir ao alto custo da mão-de-obra, dos terrenos e do material usado na construção dos condomínios habitacionais em Jaraguá do Sul.
Possamai complementou o raciocínio dizendo que são necessárias ações deste tipo para baixar os custos e agilizar a construção dos condomínios populares. Ele ressaltou a necessidade da melhoria do equipamento e na mão-de-obra da Prefeitura. “Isso evita que sejam contratadas empresas terceirizadas e isso seja incorporado no custo do empreendimento”, explicou.
Loteamentos Irregulares
O presidente da Comissão de Finanças, vereador Francisco Alves (PT) apoiou a iniciativa da compra dos equipamentos, mas criticou a Prefeitura por remanejar R$ 5 mil reais, que estavam previstos no Plano Plurianual e seriam utilizados em uma campanha de orientação e conscientização para loteamentos irregulares. “Falta, no mínimo, um pouco de visão”, afirmou.
Francisco pediu que houvesse um melhor critério para escolher de onde seriam retirados os recursos. “Uma vez veio um projeto que retirou R$ 2 mil para o acesso ao morro da Boa Vista”, lembrou Francisco. O petista ressaltou que há 140 loteamentos irregulares em Jaraguá do Sul e que retirar o dinheiro para evitar que a prática cresça é, em sua opinião, “ridículo”.