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ADVOGADO TENTA DESVIAR FOCO DE COMISSÃO PROCESSANTE

[b]Arrolado como testemunha de defesa da prefeita, o vereador Jean Leutprecht ficou surpreso em ser questionado sobre os resultados de outra festa que não a Schützenfest Acusado de articular a instalação da CEI da Schützenfest, Jean lamentou o rumo do depoimento e diz que o advogado terá que responder judicialmente pelas acusações[/b]

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[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/c929ce7b-fb21-7fc8.jpg[/img]

A Comissão Processante da Schützenfest ouviu, na manhã desta segunda-feira (16), o vereador Jean Carlo Leutprecht (PC do B). Ele foi intimado para dar seu depoimento na semana anterior, mas faltou alegando estar em viagem a Florianópolis. A oitiva foi realizada na sala de reuniões da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul e faz parte do processo de apuração das denúncias de infração político-administrativa e atos de improbidade cometidos pela prefeita Cecília Konell (DEM).
O que mais causou estranheza é que o advogado da Prefeitura, Moacir Silveira, tentou desviar o foco do depoimento e da investigação sobre os problemas registrados na festa para a qual foi destinado dinheiro público e, segundo relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI), teria ocorrido favorecimento para enriquecimento ilícito da empresa terceirizada, que além de usar a marca da festa, as dependências do município e os serviços públicos, deixou dezenas de credores sem saber quando receberão. Silveira, ao questionar o vereador, quis que ele falasse de outra festa, o Bananalama, que ele promove em Corupá.
Apesar de ter sido relacionado na lista de testemunhas de defesa da prefeita, Jean não sabia o porquê e estranhou o fato de ter seu nome incluído na relação. O vereador disse aos membros da comissão que seu envolvimento na 21ª Schützenfest se restringiu à participação na cerimônia de abertura na condição de presidente da Câmara a época, e ter presidido a Comissão Especial de inquérito (CEI) que apurou possíveis irregularidades no repasse de recursos públicos à festa.
Jean não encontrou uma explicação para a tomada de seu depoimento e se sua presença teria coerência com a apuração de indícios para o processo. Ele não soube precisar se algum projeto passou pela Câmara aprovando o repasse de R$ 150 mil reais da Fundação Cultural para a festa, mas lembra que o repasse de R$ 25 mil à Associação dos Clubes de Caça e Tiro do Vale do Itapocu (ACSTIV) foi aprovado pela Casa e que esta questão está sendo apurada pela Controladoria Geral do município, conforme depoimentos prestados na semana passada pelo controlador Mario Lemke e o secretário da Fazenda José Olívio Papp.
Questionado por Moacir Silveira, advogado da prefeita, sobre seu envolvimento com o Instituto Anita Garibaldi, Leutprecht comentou que teve contato apenas durante um evento de MotoCross na Arena Jaraguá, e que seu envolvimento seria apenas como autoridade e que apenas entregou a premiação ao final das provas. Silveira questionou Jean sobre o seu envolvimento com a Mais Projetos. Ele disse que sua empresa de promoção de eventos culturais e esportivos tem contatos com esta empresa, mas o advogado e o acusou de ser sócio da mesma.
Silveira acusou Jean de ter articulado a CEI da Schützenfest porque ele não teria conseguido que sua empresa fosse a promotora do evento. Jean alertou ao advogado, depois de encerrada a oitiva, de que a acusação dele é grave e pode resultar em uma denúncia judicial.
“”Nunca tive a intenção de realizar a festa. Esta é uma acusação leviana. Nunca fui procurado para fazer a festa e nem poderia fazer este tipo de negócio com a Prefeitura sendo vereador, argumentou Jean. “O vereador não pode ter uma relação comercial com a Prefeitura, reiterou. Questionado do caso do vereador Ademar Winter (PSDB), que atua na prestação de serviços ao município, Jean disse que neste caso tem informação de que são os filhos do mesmo que prestam serviços ao município.
Após uma discussão com o advogado, Jean continuou sua argumentação dizendo que seu depoimento serviria para desviar a atenção sobre as acusações feitas contra a prefeita. “Acredito que o objetivo aqui foi desviar o foco do assunto. Fui escolhido pelos colegas para assumir a presidência da CEI, já em 2010, já que no ano de instalação da comissão eu presidia a Câmara e ocupei vaga de suplente, e os trabalhos foram conduzidos com a maior lisura possível”, frisou o vereador”.
O presidente da comissão, Jaime Negherbon (PMDB), alertou ao advogado Silveira que ao questionar Jean por outra festa ele estava desviando o foco da investigação e este não é o objeto da Comissão Processante, já que a promoção de eventos por parte do vereador Jean é uma atividade pessoal dele.

[b]CONTINUAM AS OITIVAS[/b]

O presidente da Comissão Processante, vereador Jaime Negherbon (PMDB), adiantou que a comissão vai se reunir na manhã desta terça-feira (17) para decidir se vai convidar ou não a prefeita Cecília Konell para ser ouvida. “O advogado dela não apresentou nada por escrito, apenas disse que ela não pode vir para o seu depoimento porque estava em viagem a Brasília”, explicou Negherbon. Igualmente, Silveira disse que está estudando a viabilidade ou não da prefeita depor.
A Comissão Processante da Schützenfest continua a fase de oitivas. O marido da prefeita, ex-secretário de Administração e da Fazenda, Ivo Konell, confirmou que será ouvido nesta terça-feira, às 10 horas. O dono da Fábrica do Show, Genilson Medeiros, foi reconvocado para depor na próxima sexta-feira (20). A comissão pediu para que o pedido de convocação da dona da Bebidas Príncipe, Maria Madalena Espíndola, fosse refeito pelo advogado de defesa.

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