O vereador Francisco Valdecir Alves (PT) cobrou, na sessão da última terça-feira (9), a melhoria do transporte coletivo no bairro Águas Claras. Por meio da indicação número 524/2010, que pede a substituição do “rapidinho” por um micro-ônibus convencional, sugeriu que houvesse a redução da tarifa para os usuários daquela localidade. “O rapidinho é mais caro. O valor é acima do normal e não atende às necessidades da comunidade”, comentou.
Segundo Francisco, os moradores do Águas Claras não são atendidos pelo transporte integrado. Ele explicou que com a continuidade do “rapidinho” o usuário é obrigado a pagar duas tarifas. “Trago isso para a tribuna, pois este é o espaço para nós representarmos a comunidade e dizer o que está acontecendo em Jaraguá do Sul”, protestou. “Se a empresa for mesmo digna, ela vai atender às necessidades das pessoas. Se as pessoas não têm outra opção de transporte, elas têm o direito de ter um transporte eficiente e confortável”, completou.
O vereador Justino Pereira da Luz (PT) citou que houve uma reunião entre Prefeitura, associações de bairro e a empresa Canarinho, concessionária do transporte coletivo na cidade. Justino criticou o fato do presidente da concessionária, Décio Bogo, não haver participado da reunião. “Ao invés dele, quem compareceu à reunião foi o diretor Rubens [Missfeld] e as perguntas não foram respondidas. As coisas só vão mudar nessa cidade quando a população, que sente a necessidade na pele, for ouvida e não houver a cooptação das lideranças”, ressaltou Justino, ao explicar que “pessoas ligadas à Prefeitura” estariam fazendo uma espécie de “campanha do medo” para os líderes de associações de bairro.
Francisco reiterou que a melhoria e ampliação das linhas e dos horários dos ônibus são necessárias. “A empresa precisa entender de fato que há a necessidade de ampliação dos horários. Principalmente, nos da noite e nos finais de semana, em que é quase inexistente”, disparou.
[b]Loteamentos precisam de linhas de ônibus[/b]
O vereador Jaime Negherbon (PMDB) apontou novamente um dos problemas mais recorrentes dos loteamentos jaraguaenses: a falta de linhas de ônibus que atendam as necessidades dos moradores destas localidades. Segundo Jaime, o loteamento Casa Nova 2, que acomoda casas populares e está praticamente cheio, não tem uma linha que faça a ligação dessa comunidade com o centro da cidade. “As pessoas andam dois, três quilômetros para pegar um ônibus”, ressaltou o vereador.
Jaime explicou que loteamentos antigos como o Corupá, localizado na Tifa Martins, e o Santo Antônio, que já virou bairro, sofrem com um itinerário engessado e que não sofreu modificações. “Os ônibus só passam nos corredores, que estão como foram criados há 20, 30 anos atrás. Neste meio tempo, a população da cidade praticamente triplicou”, contextualizou o peemedebista, ao ressaltar que o transporte coletivo não acompanha a explosão populacional que Jaraguá do Sul teve nas últimas décadas.
“Nós sempre lutamos para colocar linhas nessas comunidades”, disse Negherbon, que criticou a falta de ação do setor de Planejamento da Prefeitura quanto a questão. “Eles discutem, discutem e isso não leva a nada. Temos de levar essa questão para os conselhos e sejam feitos estudos”, explanou Jaime, ao frisar que as pessoas não usam com mais assiduidade o transporte coletivo porque enfrentam dificuldades para usá-lo. “As pessoas enfrentam o frio, a lama para pegar o ônibus. Se elas o pegassem em frente à sua casa, haveria um incentivo. Isso ajudaria o trânsito de Jaraguá”, concluiu.