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Esta semana celebra-se o Dia Internacional de Combate ao Racismo. O dia 21 de março é celebrado desde 1969, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu esta data para homenagear as pessoas que morreram no massacre em Shaperville, na África do Sul.
Na condição de coordenador do Movimento de Consciência Negra do Vale do Itapocu, o Moconevi, o vereador Francisco Alves (PT) aproveitou a sessão da última quinta-feira (19 de março) na Câmara para divulgar a programação prevista para este sábado, em Jaraguá do Sul, e convidar os demais grupos étnicos, estudantes, professores, seus colegas vereadores e a sociedade a prestigiar este momento de combate ao racismo que pela primeira vez está acontecendo na cidade.
A programação desenvolvida pelo Moconevi tem apoio da Prefeitura, através da Fundação Cultural, e será realizada a partir das 9 horas, na praça Ângelo Piazera. Envolve a distribuição de panfletos explicando o significado da data e o trabalho do movimento na região, mais apresentações culturais afro-brasileiras.
Este evento é um dos muitos que o Moconevi pretende desenvolver no decorrer do ano e foi definido no planejamento do movimento realizado no último domingo. “O Moconevi espera que o dia 21 de março não seja apenas mais um daqueles dias que estão escritos nas agendas como datas especiais. Nem tampouco só um dia de palestras, ritos e homenagens, mas que a cada dia 21 de março o Brasil e o mundo possam perceber avanços na eliminação das atitudes desumanas de racismo, xenofobia e qualquer que seja a discriminação”, enfatizou o vereador.
[b]QUEM É O MOCONEVI[/b]
O Movimento de Consciência Negra do Vale do Itapocu foi fundado em 5 de agosto de 2001, a partir da reunião de cidadãos preocupados com a integração, o acesso e a igualdade de condições de todos os membros da sociedade local. A entidade foi reconhecida como entidade pública em Jaraguá do Sul em dezembro de 2004.
Abrange os municípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Schroeder e Massaranduba, municípios estes multirraciais e de inegável relevância no cenário econômico e social de Santa Catarina.
[b]POR QUE O DIA 21 DE MARÇO[/b]
O Dia Internacional de Combate ao Racismo foi instituído no ano 1969 pela Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem às vítimas Shaperville, na África do Sul em 1960.
Neste dia, homens, mulheres e crianças foram fuziladas pela polícia do regime apartheid na África do Sul quando realizavam um protesto pacífico contra a Lei do Passe, que obrigava negros a andarem com cartões de identificação que estabeleciam locais nos quais podiam ou não passar e/ou frequentar. O resultado da repressão foi o saldo de 69 mortos e 186 feridos entre homens, mulheres e crianças.
O fato de se instituir uma data para o combate ao racismo e às outras discriminações não serve apenas para homenagear as vítimas de Shaperville, mas para que o mundo inteiro aja concretamente na eliminação dessas atitudes desumanas.
No Brasil, onde o período de escravidão dos negros foi o maior em todo o continente, uma reflexão mais intensa se faz necessária. A cordialidade do brasileiro faz com que muitos tenham a idéia equivocada de que a discriminação racial findou com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, mas sabe-se que na prática não foi isso.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando ênfase para ações de combate ao racismo por meio da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial, criada em seu primeiro mandato. Um dos objetivos é promover a igualdade racial entre todos os setores da sociedade brasileira.
Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP