Em segunda discussão e votação, foi rejeitado o projeto de lei ordinária nº 194/2009, de autoria dos vereadores Jair Pedri e Natália Petry, ambos do PSB, que dispõe sobre sistema de cotas de participação prioritária em empreendimentos habitacionais de interesse social em Jaraguá do Sul. O projeto previa que seriam destinadas 5% de moradias de cada conjunto habitacional construído pela Prefeitura para serem distribuídas para portadores de deficiências, idosos, pais ou mães que têm a guarda dos filhos e policiais militares e civis.
Aprovado em primeira votação, ele acabou rejeitado pelos votos dos vereadores Ademar Winter (PSDB), Ademar Possamai (DEM), José Osorio de Avila (DEM), Jaime Negherbon (PMDB) e Lorival Demathê (PMDB). O vice-presidente da mesa diretora, Isair Moser (PR), preferiu abster-se. Na primeira votação, em 22 de setembro, o placar tinha sido de 8 a 2, com votos contra de Possamai e Winter.
O autor do projeto, o suplente de vereador Jair Pedri, esteve presente à sessão para acompanhar a votação e ficou surpreso ao observar a postura dos vereadores que mudaram seu voto. “Os vereadores entenderam que ajudar a comunidade neste momento não seria o mais interessante”, lamentou. Reiterou que o projeto tinha objetivo único e exclusivo de ajudar pessoas carentes. “Muito provavelmente nossos vereadores moram bem e próximos do centro e ignoram que lá no interior há necessidade de morar um agente de segurança para oferecer segurança àqueles moradores”.
Diante do argumento do líder do governo, Ademar Possamai (DEM), que condenou o sistema de cotas defendendo que professores e até médicos e jornalistas se sentiriam com direito a se candidatar a uma vaga, Pedri considerou este argumento frágil e absurdo, pois ele foge do objetivo de privilegiar a população realmente carente. Ele disse que duvida que haja algum médico que se submeta a morar em um conjunto habitacional popular, em casas de apenas 42 metros quadrados.
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