O presidente da Comissão de Transportes, Obras, Agricultura, Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, vereador Jaime Negherbon (PMDB), juntamente com seu colega de bancada, Lorival Dionísio Demathê, convidaram o presidente do Conselho Municipal da Cidade (Comcidade), Aristides Panstein, que também é o secretário de Planejamento da Prefeitura, e o diretor de Trânsito, José Schmidt, para uma reunião com todos os vereadores na semana que vem.
Os vereadores querem conversar com os dois profissionais sobre os insistentes pedidos de instalação de lombadas físicas na cidade. O encontro está agendado para às 17 horas de terça-feira, 8 de dezembro, na sala de reuniões do piso superior da Câmara. Recentemente, o diretor de trânsito teria argumentado que a construção depende de um parecer do Comcidade, pois a instalação de lombadas físicas é proibida por lei em locais de via rápida ou que tenham transporte coletivo. Porém, segundo ele, em locais mais perigosos existe uma alternativa de uma lombada diferente mais igualmente eficiente.
A decisão dos vereadores peemedebistas em realizar a reunião aconteceu depois que os perigos do trânsito e as mazelas do transporte coletivo na cidade voltaram a dominar as discussões na sessão da última quinta-feira, tanto no momento da votação das indicações com pedidos de obras que eles costumam enviar para a Prefeitura quanto na palavra livre.
Depois de o vereador Jaime desfiar uma série de problemas relacionados à segurança, ao transporte coletivo, à falta de asfalto e tratamento em ruas que não têm calçamento, o vereador Amarildo Sarti (PV) se manifestou para destacar que em sua limguagem simples o vereador Jaime traduz o pensa e quer o povo, e sugeriu aos demais colegas para que seja feito um mutirão em prol da segurança de Jaraguá. O vereador Lorival Demathê, que tem se revelado um incansável nos pedidos por lombadas físicas, resolveu unir-se ao coro.
O vereador José Osorio de Avila (DEM) também lamentou os trâmites que impedem as lombadas. Ele disse que não entende a restrição às lombadas físicas no perímetro urbano de Jaraguá do Sul. Disse que passou ainda nesta quinta-feira no bairro Corticeira e observou a existência de quatro lombadas em um percurso 1,5 km. “Por que em Guaramirim pode fazer lombadas e em Jaraguá a gente pede e não pode?”, questionou.
José Osorio ainda defendeu que os pedidos são justamente para reforçar uma necessidade da população e para não haver acidente. “Que se preserve a vida, nós temos que lutar, procurar um meio para implantar as lombadas físicas, porque as eletrônicas são caras, e se não somos atendidos acabam nossas indicações sem nenhum valor”.
Jaime diz que sabe que há riscos de perigo para motoristas, em especial motociclistas, se uma lombada for instalada sem aviso, mas para isso diz que há respaldo legal, que determina o prazo de 60 dias para a fixação de avisos sobre a instalação. “Tem que avisar que vai sair uma lombada física, vamos sinalizar bem, avisar”, pondera.
O vereador Francisco Alves (PT) reforçou a informação de Jaime, que tem que ser colocado aviso para não acontecer o que aconteceu em uma rua onde uma moça saiu de manhã, e não havia lombada, e quando voltou tinha uma lombada que lhe custou a vida.
O líder do governo, Ademar Possamai (DEM) sugeriu aos colegas o envio do ofício pedindo ao Comcidade que se reavalie a questão e que o presidente do mesmo compareça à Câmara para explanar isso.
[b]LINHAS DE ÔNIBUS CUMPREM TRAJETO DE 30 ANOS, DIZ JAIME[/b]
Jaime voltou a falar a respeito da necessidade de ampliação de linhas de ônibus. Ele lembrou que as contradições são muitas e lembrou o caso de duas ruas asfaltadas no bairro São Luiz – a rua Carlos Tribess e a Expedicionário Alfredo Benhke, que não são servidas de linhas de ônibus. Diz que a comunidade já se manifestou por inúmeras vezes pedindo que a linha do Jaraguá Esquerdo seja estendida, ou criada uma nova, que vá do Jaraguá Esquerdo até a entrada da antiga Tifa Vogel.
O vereador lembrou que o trecho a que ele se refere é bem extenso, fica em uma região onde de expansão demográfica, tem uma empresa têxtil e, infelizmente, o ônibus não passa. “São pelo menos 700 pessoas que não podem contar com o transporte coletivo naquela região”, denunciou Jaime. Ele disse que os moradores assinaram há três anos um abaixo-assinado, o mesmo foi protocolado, está na Prefeitura, foi enviado para a Canarinho, mas nada foi feito. “Quando liguei para a empresa ela alegou falta de motorista. A comunidade precisa do ônibus para ir trabalhar”, reforçou.
Ele recorda que luta semelhante foi empreendida no bairro Centenário, quando também brigou para o ônibus ir até a Apae, e tinha conseguido, mas agora precisa verificar como está esta situação, pois há informações de que não estaria mais funcionando. “Jaraguá do Sul não é mais como 20, 30 anos atrás, pois o traçado que os ônibus cumprem hoje é o mesmo de 30 anos. Eu sei porque fui cobrador de ônibus”, testemunhou.
Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP