Comunicado das futuras mudanças no estacionamento do Hospital São José, o vereador José Osorio de Avila (DEM) demonstrou, durante a sessão de quinta-feira (18), preocupação com o fim da prestação do serviço pela Associação Jaraguaense dos Deficientes Físicos (Ajadefi). O conselho deliberativo do hospital fez uma carta-convite e optou por uma empresa de Curitiba para terceirizar o serviço.
O presidente da associação, Valdecir Titon, esteve presente na sessão, e nesta sexta-feira disse, em entrevista a uma rádio local, que não houve comunicado da licitação, excluindo a entidade do processo. O vereador pediu que fosse enviado ofício ao diretor do hospital, Jorge Souto Maior, convidando-o para dar explicações sobre a decisão.
José Osorio ressaltou na tribuna a importância do emprego dos que trabalham na cobrança do estacionamento. Para ele, os 15 deficientes que prestam o serviço ao hospital “são pessoas carentes e não podem ser desagregadas da sociedade”. Segundo Paulo Mattos, presidente do conselho deliberativo do hospital, também em entrevista a uma rádio local, o contrato de terceirização inclui a obrigatoriedade de contratação de deficientes físicos.
A escolha pela nova empresa em detrimento da Ajadefi, segundo Mattos, foi feita para garantir a segurança dos veículos e pela possibilidade de haver um seguro que cubra eventuais danos aos automóveis. Segundo ele, “somente o software que será utilizado para o controle do estacionamento custará R$ 70 mil”.
Titon rebateu dizendo que “o Poder Público poderia se movimentar para ajudar a entidade”. Disse que a associação tem capacidade de realizar as atividades solicitadas pelo conselho deliberativo do hospital na licitação. A terceirização inicia no mês de março.
A receita da cobrança do estacionamento, que custa R$ 1 por hora, gera uma receita de R$ 20 mil por mês. A maior parte do dinheiro arrecadado vai para o pagamento dos funcionários e encargos trabalhistas. O movimento do estacionamento gira em torno de 300 carros por dia.
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