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O presidente do Instituto Femusc, Paulo Chiodini, e o diretor executivo, Fenísio Pires Júnior, estiveram na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul na terça-feira (2 de março), quando prestaram contas aos vereadores dos gastos do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc). Chiodini foi convidado pela Comissão de Finanças e Orçamento, presidida pelo vereador Francisco Alves (PT), que queria detalhes do evento antes de dar seu parecer sobre um projeto que tramita na Casa, de autoria da Prefeitura, que prevê um repasse de R$ 80 mil para cobrir gastos com alimentação da quinta edição do festival, que aconteceu entre os dias 14 e 30 de janeiro de 2010.
O vice-presidente da comissão, vereador Ademar Possamai (DEM), entende que a maneira ideal de se estabelecer um convênio é antes da realização do evento, pois a captação de recursos para esse fim é feita sempre dessa maneira. “Os gastos seriam muito menores se pudéssemos contar com o dinheiro nos meses de novembro e dezembro, ou seja, antes da realização”, disse Fenísio. “Nosso sonho era começar o ano já com o dinheiro em caixa”, ressaltou Chiodini.
Apesar do alardeado sucesso do festival, segundo o presidente do instituto as contas sofrem com um déficit de R$ 99 mil. “Estamos buscando recursos junto a uma empresa da região para que, através da Lei Rouanet, façamos a cobertura das contas”, explicou. Chiodini informou que o Estado repassou R$ 800 mil para a realização do Femusc, que teve um custo aproximado de R$ 1.650.000,00, a grande maioria captada entre patrocinadores, inscrições e outros.
O vereador Jean Carlo Leutprecht (PCdoB) demonstrou indignação com a falta de recursos para a realização do festival. Para ele, o dinheiro repassado à organização é pouco. “Há um evento mundial sendo realizado em Jaraguá. O que eles (Estado) oferecem é um troco perto de todo o imposto que sai daqui”, comentou. A vereadora Natália Lúcia Petry (PSB), vice-presidente do Instituto Femusc nas edições de 2007 e 2006, disse que “seria importante garantir o dinheiro do festival todos os anos”.
Fenísio destacou a importância cultural e econômica do evento para a cidade. Segundo o diretor executivo, “o setor hoteleiro ganhou a oportunidade de ter clientes durante o mês de janeiro”, já que nem todos os participantes ficam nas escolas e espaços cedidos pela Prefeitura. “Muitos deles acabam se hospedando nos hotéis ou mesmo na casa dos amigos”, completou. “Há uma multiculturalidade nas apresentações gratuitas. No teatro há alguém de Havaianas ao lado de um sujeito de terno e gravata”, exemplificou.
Segundo Fenísio, aproximadamente mil alunos foram atendidos durante a edição de 2010 do Femusc. “Nós atendemos 85 crianças no Femusquinho. Depois, elas vêm à porta da Scar (Sociedade Cultura Artística) para saber como continuar a estudar”. Ele ainda afirmou que há a possibilidade de se criar um curso superior de música na cidade. “Nós vamos buscar uma parceria com a Uner/PUC para transformar a Scar em uma escola superior de música”, afirmou Pires.
Também acompanharam a prestação de contas os vereadores Jaime Negherbon (PMDB), Isair Moser (PR), Ademar Winter (PSDB) e Amarildo Sarti (PV). Uma das mudanças que os vereadores pretendem implantar neste ano é chamar sempre dirigentes de entidades que forem contempladas com recursos para prestarem contas. A Câmara também não pretende mais aprovar repasses indiscriminadamente sem que as entidades dêem satisfação de onde estão investindo o dinheiro público.
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