“Nesse momento, precisamos de toda a ajuda da comunidade”. Ao fazer esta afirmação, Fernando Carlos Dorte, coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Jaraguá do Sul, fez um apelo a população para manter as atividades. Ele participou da sessão da Câmara de Jaraguá do Sul de ontem, 10, e abordou os problemas da entidade que para se manter depende de doações e voluntários.
O CVV existe há nove anos em Jaraguá do Sul e para se manter necessita de doações e de serviços voluntários. “Pessoas tristes, angustiadas, preocupadas, solitárias, que pensam em suicídio. Queremos que elas saibam que o CVV existe e que funciona 24 horas de segunda a segunda, inclusive feriados. Que não paramos nunca”, afirma o coordenador.
Hoje são feitos cerca de 150 atendimentos por mês. “Trabalhamos com uma equipe de 12 voluntários. Não somos muitos, mas somos uma equipe forte, com disponibilidade para atender a todos no período”, afirma.
Cada voluntário faz plantões de quatro horas e meia. Os atendimentos por telefone são feitos de forma totalmente anônima. Não é solicitado nenhum dado sobre a pessoa. “Basicamente nosso trabalho é ouvir, dar atenção ao que a pessoa está falando. Não nos cabe dar opinião”, explica. Pessoas interessadas podem fazer a inscrição para o curso de preparação diretamente no Centro, que está localizado no segundo piso da rodoviária de Jaraguá do Sul.
O local, que na opinião de Fernando, é inapropriado já que não possibilita o sigilo que o serviço necessita. “O CVV é um programa de prevenção ao suicídio e valorização da vida, que oferece apoio emocional às pessoas angustiadas ou solitárias e necessita de um local onde seja silencioso”, disse.
Ele citou que irá se reunir em breve com o prefeito Dieter Janssen para solicitar um espaço mais adequado. Também pedir investimentos públicos, através de convênios, para aquisição de computadores com acesso a internet e móveis. “ Nosso objetivo é atender por chat”, disse.
Ele destacou ainda que quando uma pessoa está desesperada, a ponto de tentar cometer suicídio ou algum ato impensado, ela para se arrepender precisa conversar com alguém. “Nosso objetivo é conversar com qualquer pessoa que procure ajuda e apoio emocional, seja pela internet, telefone ou pessoalmente, sobre assuntos como suicídio, drogas, depressão, solidão e muitos outros que trazem angustia e sofrimento”, disse.