O assunto foi levantado por Arlindo Rincos na sessão ordinária desta quinta-feira, 13. O parlamentar relatou ter lido uma reportagem sobre o futuro vereador Rogério Jung, eleito com 2 mil 174 votos, que é cadeirante. Na tribuna, Rincos indagou aos demais vereadores se as dependências da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul estavam adequadas para receber o novo colega. Segundo ele, alguns setores da Casa têm acessibilidade, mas a tribuna do plenário, os gabinetes e outras salas da Câmara não estão apropriados.
“Essa é uma bandeira que eu levanto desde 2013. Até ali, não tínhamos ninguém que brigasse por essa causa, agora teremos dois parlamentares que vão lutar por isso. Preocupa-me que nossa Casa não esteja preparada para receber um vereador cadeirante”, lamentou.
O presidente do Legislativo, José de Ávila, fez coro ao discurso e incluiu o Poder Executivo no debate. “Essa Casa não está preparada, muito menos a Prefeitura de Jaraguá do Sul. Como o vereador cadeirante vai conversar com o prefeito se o prédio não tem acessibilidade? Quando falamos em construir um novo prédio para a Câmara, somos criticados. Ninguém vê que é preciso melhorar o atendimento aos munícipes”, reclamou Ávila.
Outro a manifestar-se foi Jair Pedri. Ele lamentou que a prefeitura não tenha feito as obras necessárias para tornar o prédio mais acessível. “Quem sabe ele (Rogério Jung), representando as pessoas com deficiência, consiga sensibilizar o Poder Executivo para que o gabinete tenha acessibilidade”, lastimou.
Eugênio Juraszek entrou no debate e reconheceu que há muito trabalho a ser feito no âmbito municipal e que o novo prefeito, a partir de 2017, terá que trabalhar para melhorar essas questões. Todavia, ele também destacou as obrigações do Governo Estadual para melhoria da acessibilidade. Como exemplo, Juraszek citou a escola estadual Duarte Magalhães, no bairro Barra do Rio Cerro.